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Argentina estende Orçamento e pede US$ 7,5 bi de reservas para a dívida

Cristina Fernandez foi forçada a estender o Orçamento deste ano depois que o Congresso deixou de aprovar sua proposta de Orçamento para 2011

Por Regina Cardeal e da Agência Estado
Atualização:

A presidente da Argentina, Cristina Fernandez, instruiu seu governo a operar sob o Orçamento de 2010 no próximo ano, com determinações para que US$ 7,5 bilhões das reservas do Banco Central sejam utilizadas para pagar a dívida pública.

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Cristina foi forçada a estender o Orçamento deste ano depois que o Congresso deixou de aprovar sua proposta de Orçamento para 2011 em parte por causa da recusa da presidente em negociar quaisquer modificações no projeto original. A fragmentada oposição do país pedia mudanças no que considera previsões econômicas irrealistas na proposta que daria ao governo amplos recursos para gastos discricionários antes das eleições presidenciais e para o Congresso de outubro próximo.

Em dois decretos publicados no diário oficial, Cristina estendeu o Orçamento de 2010 e ordenou que o Ministério da Economia emita bônus de dez anos para o Banco Central da Argentina em troca de US$ 7,5 bilhões para pagar credores privados em 2011.

A Argentina usou US$ 6,6 bilhões em reservas este ano para pagar credores após uma dura disputa no início do ano entre Cristina e o então presidente do Banco Central Martín Redrado sobre o poder do governo de recorrer às reservas do BC. Redrado foi substituído pela aliada de Cristina e ex-congressista Mercedes Marco del Pont.

O Orçamento de 2010 autorizou gastos de 315,1 bilhões de pesos (US$ 79,1 bilhões) e projetava receita com impostos e contribuição da seguridade social de 403,5 bilhões de pesos. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi estimado em 2,5%, embora deva fechar em 9%.

O projeto de Orçamento de 2011 previa aumento de 18,3% nos gastos para 372,9 bilhões de pesos e alta de 22% na receita para 492,2 bilhões de pesos. Também projetava crescimento econômico de 4,3% e inflação anual de 8,9%. As informações são da Dow Jones.

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