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Argentina limita entrada de vários itens brasileiros

Por Ariel Palacios
Atualização:

A Argentina tem longa tradição protecionista contra produtos brasileiros. Em diversas ocasiões, desde o fim do governo Carlos Menem, em 1999, foram aplicados limites alegando-se "invasão" brasileira que "depredava" a indústria nacional. No entanto, nos últimos três anos, a tensão comercial havia amainado, embora a Argentina ainda aplicasse controles sobre vários produtos. Mas, desde o início deste ano, o governo argentino retomou a ofensiva. Os pneus são afetados há duas semanas por licenças não automáticas. Em 2008, a Argentina importou do Brasil 5,6 milhões de unidades, um aumento de 106% em relação a 2007. Os calçados - motivo de conflitos bilaterais desde 1997 - sofrem licenças não automáticas de importação. Associações empresariais do setor em ambos países chegaram a um acordo de "cavalheiros" com uma cota de 16 milhões de pares. O denim - matéria-prima do jeans - também passa por licença não automática desde novembro de 2008. No passado recente, outros produtos foram alvo das autoridades argentina: geladeiras, que depois das licenças não automáticas em 2007, começaram a ser controladas por critério de valores. Esse também é o caso dos fogões e das máquinas de lavar roupa. A ofensiva protecionista também promete afetar a entrada de produtos de alumínio. Há pouco mais de uma semana foi anunciada a criação de uma "mesa de controle" dos produtos que integram a cadeia de valor do alumínio, formada pelo governo e a Câmara Argentina da Indústria do Alumínio e Metais Afins.

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