O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, afirmou hoje que a Argentina não tem motivos para reclamar de sua relação comercial com o Brasil. Questionado sobre a possibilidade de o país vizinho lançar uma ação antidumping contra produtores brasileiros de transformadores de energia elétrica, Skaf defendeu que a Argentina está em melhores condições para vender para o Brasil e tem comemorado um crescimento econômico superior. "Os argentinos não teriam muito do que reclamar neste momento, obviamente", afirmou Skaf, lembrando que há seis meses a relação entre o real e o dólar estava em um patamar semelhante à relação do peso com a moeda norte-americana. "Hoje, enquanto nós estamos com uma moeda a R$ 2,40, a relação peso/dólar está em R$ 2,90. Isso dá uma chance muito maior de a Argentina vender para o Brasil do que de comprar do Brasil", acrescentou. Skaf comparou também o crescimento registrado pelo PIB nos dois países. De acordo com ele, o avanço de 0,3% registrado no primeiro trimestre pelo Brasil se traduziria em um avanço anual de 1,21% caso esta performance persista nos períodos seguintes. Enquanto isso, a Argentina tem falado em crescer 7% este ano, segundo o presidente da Fiesp. Skaf destacou, no entanto, que o Brasil deveria "ficar feliz" pelo desempenho positivo de seu país vizinho. Segundo ele, o objetivo para os próximos meses deve ser o de manter uma boa relação com a Argentina. "Eu não acho que este é o momento de reclamar. É o momento até de os argentinos estarem felizes por irem bem e de nós ficarmos felizes por eles estarem bem." Skaf participou hoje do seminário Fiesp de Logística, organizado como parte da atividades da feira Intermodal 2005.