O ministro da Economia da Argentina, Roberto Lavagna, confirmou que se comprometou com o FMI a receber, de 22 de março a 16 de abril, os 21 grupos de credores em Buenos Aires para iniciar as negociações de reestruturação da dívida em calote. Em entrevista na Casa Rosada, o ministro disse que espera concluir as negociações entre o final de maio e início de junho. Ele destacou que no acordo com o Fundo não foi fixada uma taxa de adesão de credores à proposta do governo. Lavagna disse que a carta da diretora-gerente interina do FMI, Anne Krueger, sobre a Argentina ?destaca o forte crescimento com estabilidade do país, resultado de uma instrumentação desenvolvida e estudada e correta condução macroeconômica, além do cumprimento com amplas margens do programa monetário e fiscal?. Pela carta, o FMI projeta um crescimento de 5,5% neste ano, e o país se compromete a cumprir um estrito cronograma de negociação da dívida. O chefe de Gabinete da Presidência, Alberto Fernández, deixou claro que a oferta de redução de 75% do valor da dívida será mantida. Ele afirmou que o governo quer dar tratamento igual a todos os credores e não concorda com o pedido de privilégio para o Comitê Global de Detentores de Bônus, como principal interlocutor. O presidente Néstor Kirchner conseguiu incluir no acordo a aceitação ?de um universo mais amplo de detentores de títulos em calote? que serão os 21 grupos convidados por Lavagna para dar início às conversações.