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Argentina ouve Fraga e outros especialistas

Por Agencia Estado
Atualização:

Por sugestão do diretor gerente do FMI, Horst Köhler, a equipe econômica iniciará hoje uma série de consultas com ministros de Economia e presidentes de Banco Central dos países que passaram pela atual experiência da Argentina, a desvalorização. O ministro Jorge Remes Lenicov reunirá sua equipe para ouvir hoje os relatos da experiência vivida pelo presidente do BC brasileiro, Armínio Fraga, e seu diretor de Política Monetária, Luis Fernando Figueiredo. Estão na lista dos próximos especialistas de países a serem consultados: Chile, Coréia do Sul, Malásia, Indonésia e México. Remes Lenicov e Horst Köhler combinaram de restabelecer as negociações para a assinatura de um novo acordo que possa liberar novos recursos para a Argentina após a solução de três problemas: a saída do "corralito", o estabelecimento do programa monetário (no qual deverá ser definida a flutuação do câmbio) e a aprovação do orçamento equilibrado. Armínio Fraga desembarcará em Buenos Aires desfrutando da fama de ser dos maiores especialistas? em desvalorizações e controle do câmbio. De cada 10 analistas ouvidos pela Agência Estado sobre a situação da Argentina, pelo menos nove citam Armínio Fraga como exemplo de especialista que deveria estar no país para ajudar a dar os próximos passos pós-desvalorização. Em sua edição de hoje, o jornal Ambito Financeiro cita Fraga como um em "expert em desvalorizações" e recorda que ele era assessor do investidor George Soros que teve seus milhões de dólares prejudicados com a desvalorização da Malásia. O mesmo jornal afirma que ninguém acredita, seriamente, que a missão técnica do Departamento Monetário ou estes especialistas tenham a solução para a saída do ?corralito?. "A idéia da idéia da participação do FMI e dos especialistas destes países é direcionada a uma mudança de imagem diante do mundo para conseguir os US$ 15 ou 20 bilhões de organismos multilaterais que são a única carta firme para o governo sair do ?corralito? e destravar o consumo sem que o dólar livre dispare. ?Sem estes fundos, não há plano?, afirma o jornal. Leia o especial

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