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Argentina pode destinar 10% de reservas para o Banco do Sul

Governo planeja investir aproximadamente US$ 3,5 bilhões em sua implementação

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo argentino planeja destinar 10% de suas reservas, de aproximadamente US$ 3,5 bilhões, para a implementação do Banco do Sul, promovido em conjunto com a Venezuela, que daria a mesma quantia, segundo a edição de hoje do jornal Página/12. Para levar adiante este processo, os Governos da Argentina e da Venezuela formaram uma comissão técnica que analisará esta possibilidade nos próximos quatro meses, segundo porta-vozes Oficiais. A acumulação de reservas na Argentina está em ascensão, o que poderia levar a uma contribuição ainda maior. A proposta para destinar 10% das reservas monetárias internacionais com o objetivo de pôr em funcionamento a entidade surgiu na reunião de fevereiro entre o presidente da Argentina, Néstor Kirchner, e o venezuelano, Hugo Chávez, em Puerto Ordaz. Durante o encontro, os dois presidentes decidiram criar o Banco do Sul para romper a dependência a outras entidades de crédito. Eles confiam em que toda a América do Sul se somará a esta iniciativa. Equador e Bolívia já manifestaram seu interesse em participar da entidade, que nascerá oficialmente em aproximadamente quatro meses. A sede central ficará em Caracas. "O memorando de entendimento que assinamos para iniciar o Banco do Sul determina que todos os países (da América do Sul) podem se somar a esta iniciativa assim que desejarem. Ou seja, nasce bilateralmente, mas sem abandonar a filosofia multilateral, que evidentemente é a que nós pretendemos, o que desejamos, que é o objetivo final", disse Kirchner ao anunciar o acordo. "O que queremos é que o Banco do Sul apóie todos aqueles investimentos que atendam a reconversão produtiva, a inclusão social, a integração física de nossos países e o desenvolvimento global de projetos estratégicos e que tenham acesso a ele o mais forte e o mais fraco, que não seja seletivo, mas solidário". Na Argentina, a comissão que analisa o desvio de reservas e também estuda outras questões, como a redação dos estatutos, é integrada por representantes do Ministério da Economia, da Chancelaria, do Banco Central e do Banco Nación.

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