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Argentina recompra bônus e perde linha de crédito

Por Agencia Estado
Atualização:

Em nota distribuída aos clientes, a principal analista para Argentina do banco Credit Suisse First Boston (CFSB), Lacey Gallagher, informa que o Banco Central da Argentina estaria concluindo hoje a recompra de US$ 4,8 bilhões em bônus soberanos pelo valor de face, utilizando US$ 1,3 bilhão em espécie para fazer tal pagamento aos investidores. Segundo o CFSB, a linha de crédito criada por dez bancos estrangeiros em caso de o BC argentino se ver numa crise de liquidez - conhecida como "Contingent Repo Facility" - será totalmente cancelada, pois os termos da linha estabelecem o seu término se o país entrar em moratória. O governo argentino já utilizou US$ 2 bilhões dessa linha, após o acordo fechado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para as medidas econômicas em agosto passado, quando foi instituída a lei de déficit fiscal zero. Gallagher diz que o pagamento da "repo" tem sido bastante controvertido e foi duramente criticada pela Argentine Bondholders Committee (associação argentina de detentores de títulos) uma vez que esse pagamento concede, "de fato", uma prioridade para o consórcio de bancos estrangeiros sobre os outros credores argentinos. "A visão do Banco Central argentino é de que ele é uma entidade separada do governo e que, ao honrar seus compromissos com a linha ´repo facility´, o BC estaria preservando um pouco a sua credibilidade", afirmou Gallagher na nota a clientes. Segundo Gallagher, as reservas internacionais não deverão cair na mesma proporção do que o pagamento de US$ 1,3 bilhão da "repo", uma vez que o BC poderia utilizar algum desembolso oficial ou outras fontes de dinheiro que ainda não foram incluídas nas reservas. Leia o especial

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