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Argentina restringe exportações de carne bovina, dizem entidades

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Por Redação
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As principais entidades agrícolas da Argentina disseram que o governo federal restringiu as exportações de carne bovina, em um novo capítulo na luta de anos entre a indústria e a presidente Cristina Kirchner. Porta-vozes do governo contatados pela Reuters não forneceram informações sobre a possível interrupção dos embarques da Argentina, que ainda é um dos principais exportadores de cortes de carne bovina, apesar da redução das exportações nos últimos anos. "A Confederação Rural Argentina (CRA) rejeita a medida do governo nacional para interromper as exportações de carne bovina, sendo mais uma medida estranha, errada e negativa para todo o setor agrícola", disse a associação de produtores em um comunicado de imprensa. O governo federal restringe há anos as exportações de carne, milho e trigo para garantir o abastecimento local de alimentos e evitar aumentos de preços em um país que sofre com alta inflação de mais de 30 por cento ao ano, segundo estimativas privadas. "Mais uma vez assistimos a mesma decisão autoritária para, na prática, bloquear as exportações de carne, medida que foi o início da crise no setor em 2006", disse a Sociedade Rural Argentina (SRA), por meio de um comunicado. Em 2013, a Argentina exportou 201.688 toneladas de carne bovina no valor de 981 milhões de dólares, de acordo com o Ministério da Agricultura. Nos primeiros seis meses de 2014, 84.453 toneladas foram embarcadas, no valor de 437 milhões de dólares. Em 2005, o último ano em que as exportações não foram limitadas, de acordo com os sindicatos do setor, as exportações do país sul-americano haviam totalizado 771.427 toneladas (Por Nicolas Misculin)

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