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Argentina só perde da Venezuela em crescimento na AL

Segundo estudos, economia na América Latina deverá crescer 4,5% em 2007

Por Agencia Estado
Atualização:

A Argentina é o segundo país da América Latina com maior crescimento econômico registrado em 2006, segundo relatório elaborado pelo BBVA Banco Francês, divulgado nesta quinta-feira, 4. Segundo o estudo, as principais economias latinas cresceram 5,2% no terceiro trimestre de 2006, comparando com o mesmo período do ano anterior. Os países que mostraram um maior dinamismo foram Venezuela (+10,2%), Argentina e Peru (+8,7%) e Colômbia (+7,6%), afirmou o banco. Por este motivo, o Serviço de Estudos do BBVA prevê que a economia da América Latina crescerá 4,5% em 2007, enquanto a inflação se manterá em níveis reduzidos em termos históricos, na casa de 5,3%. Segundo o banco, a região "acelerou seu crescimento na segunda metade de 2006 e poderia fechar o ano com um avanço do PIB da ordem de 5,1%". O relatório destacou ainda que ao longo de 2006, o comportamento da inflação na região "foi positivo", mas ressalta que houve "episódios pontuais devido a fatores estacionais, e a tendência é claramente descendente desde meados de 2005". BBVA Banco Francês destaca ainda que "a grande maioria de países mostra hoje taxas próprias de países desenvolvidos, com menção especial ao Chile (2,1%) e Peru (1,5%)". Indústria A indústria argentina fechou 2006 com um crescimento em torno de 10% em comparação com 2005, liderada por setores como automobilístico e cimento, segundo levantamento realizado pela Universidade Argentina da Empresa (UADE), divulgado nesta quinta-feira. O nível de atividade de novembro foi de 10,6%, em relação a igual mês do ano anterior. A variação mensal entre novembro e outubro de 2006 foi de 1,7%. Durante os primeiros 11 meses de 2006, comparando com o mesmo período de 2005, o crescimento observado na indústria automobilística foi de 27,7%, de cimento foi de 20,4%, seguidos por fumo (+9,2%), alimentos e bebidas (+8,1%); petróleo e derivados (+5,4%); químicos e petroquímicos (+ 3,4%); siderurgia e metalurgia (+2,7%); produtos de borracha (+1,7%); e têxteis (+1,6%). O único setor que apresentou uma queda em sua produção foi o de papel, com um retrocesso de 0,6%, conforme o relatório da UADE. A taxa de crescimento nos primeiros onze meses de 2006 foi de 9,1%, enquanto em 2005 foi de 10%; em 2004, de 9,6%; e em 2003, de 9,6%.

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