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Argentina tem sete frigoríficos com exportação à China suspensa por covid-19

China é o destino de 75% do total de 845,9 mil toneladas exportadas pela Argentina no ano passado; país asiático afirmou que encontrou coronavírus em frango exportado pelo Brasil nesta quinta-feira, 13

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Por Redação
Atualização:

BUENOS AIRES  - Sete frigoríficos da Argentina estão com suas exportações de carne para a China suspensas devido ao registro de casos de covid-19 entre funcionários, disse nesta quinta-feira uma fonte do departamento sanitário argentino Senasa, que acrescentou que é possível que três das unidades comecem a retomar os embarques ao país asiático nos próximos dias.

A China é a maior compradora de carne bovina da Argentina, sendo o destino de 75% do total de 845,9 mil toneladas exportadas pelo país sul-americano no ano passado.

Açougue na Argentina Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni

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No entanto, por causa da pandemia, os países concordaram que, caso fosse registrado um caso de Covid-19 em uma fábrica argentina, esta interromperia os embarques e solicitaria sua suspensão da lista de empresas autorizadas a exportar para a China até que o Senasa e o país asiático liberassem a reintrodução.

“Há sete (estabelecimentos) temporariamente suspensos”, disse à Reuters uma fonte do Senasa, que explicou que nos próximos dias três deles poderão voltar a ser incorporados pela China à lista de companhias autorizadas.

Segundo a fonte, desde o início da pandemia um total de 11 frigoríficos se autoexcluíram de exportar para a China após a detecção de casos de coronavírus, de um total de 96 estabelecimentos que integram a lista de empresas permitidas a enviar carnes e pescados à potência asiática.

Frango brasileiro 

Uma amostra de asas de frango importado do Brasil pela cidade chinesa de Shenzhen, ao sul do país, testou positivo para o coronavírus, disse o governo local nesta quinta-feira, 13, gerando temores de que embarques de alimentos contaminados possam causar novos surtos.

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Centros locais de controle de doenças testaram uma amostra de superfície tirada das asas de frango congeladas como parte de análises de rotina realizadas sobre carnes e frutos do mar importados desde junho, quando um novo surto em Pequim foi associado a um mercado atacadista de alimentos na cidade de Xinfadi.

Por meio do número do lote citado no comunicado do governo chinês, identificou-se que o produto é da Aurora Alimentos, de Santa Catarina. A empresa divulgou nota em que afirma não ter sido notificada oficialmente pelas autoridades chinesas de que a amostra testada é de uma de suas unidades. Diz ainda que "todas as medidas estabelecidas pelas autoridades públicas, relativas ao combate à pandemia, estão sendo integralmente seguidas e cumpridas" pela empresa.

O Ministério da Agricultura também informou na tarde desta quinta-feira que “até o momento não foi notificado oficialmente pelas autoridades chinesas” sobre a suposta detecção de traços de coronavírus em lote de asas de frango brasileiro importado pelo país.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) avalia ao lerta da China sobre coronavírus, mas nega transmissão por carne.