24 de outubro de 2014 | 02h05
O Citi já pediu a mesma autorização em dois outros momentos ao juiz, em julho e em setembro. Nos dois casos, Griesa liberou o pagamento de juros "de uma única vez", de cerca de US$ 5 milhões cada.
O pagamento de juros que o Citibank faz é de papéis emitidos em dólar e sob a legislação argentina. Mas, por conta da cláusula "pari passu", a Casa Rosada não pode pagar seus credores se não depositar ao mesmo tempo os recursos para pagar fundos dos Estados Unidos, chamados de "holdouts" e que ganharam o direito de receber US$ 1,33 bilhão, de acordo com uma sentença assinada por Griesa. A Argentina, que chama esses fundos de "abutres", teria de pagar este dinheiro em julho, mas não fez o pagamento e entrou em default técnico.
Em audiência no final de setembro, Griesa disse que a Argentina "desacata" a Justiça dos Estados Unidos e ameaçou instituir punições ao país, um pedido feito pelos fundos dos EUA, encabeçados pela NML Capital, do bilionário Paul Singer. Esses credores não aderiram às duas reestruturações da dívida da Argentina, propostas em 2005 e 2010, e ganharam na Justiça o direito de receber o débito integralmente.
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