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Argentino ironiza o Brasil e o FMI

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário de comércio e de relações econômicas internacionais da Argentina, Martín Redrado, fez hoje críticas ao Brasil e ao FMI ao dizer que seu país está saindo da crise "sozinho e sem pacotes financeiros de US$ 40 bilhões ou US$ 50 bilhões como o que recebeu certos países". Redrado, que participou das negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC), disse que o que está possibilitando que a Argentina supere a crise é a estratégia de comércio exterior. "Não recebemos presentes de ninguém. Os problemas estão sendo superados com uma política comercial agressiva", afirmou. Segundo ele, a Argentina adotou uma estratégia de se engajar em negociações com vários países ao mesmo tempo para ganhar novos mercados, entre eles o do México, Chile e Estados Unidos. "Por enquanto, essa política já rendeu ao país US$ 2,5 bilhões em recursos externos", disse. Para este ano, o governo argentino acredita que terá um superávit comercial de US$ 10 bilhões. "Esse superávit está gerando uma oferta de dólares no mercado, o que está trazendo estabilidade monetária ao país", afirmou. Um exemplo dos acordos comerciais que a Argentina está buscando foi assinado hoje com os Estados Unidos. Pelo entendimento, a Casa Branca libera a importação de carne assada argentina para sopas e hambúrguer. O acordo possibilitará exportações de US$ 50 milhões. Para a União Européia (UE), Buenos Aires conseguiu um aumento da cota de exportação de carne para este ano. "Essa é a integração inteligente", disse Redrado.

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