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Argentinos começam bloqueio na fronteira com o Uruguai

Assembléias ambientais rejeitam instalação de fábrica de celulose na fronteira

Por Agencia Estado
Atualização:

As assembléias ambientais da província argentina de Entre Ríos iniciaram neste sábado um bloqueio simultâneo de nove dias nas três passagens para o Uruguai, em rejeição à instalação de uma fábrica de celulose finlandesa no país vizinho. O novo bloqueio total deve durar até a noite de 8 de abril, para coincidir com os festejos de Semana Santa, quando milhares de turistas argentinos viajam ao Uruguai. Assim, os ambientalistas prolongam os bloqueios que ocorrem todos os finais de semana nas passagens localizadas nas cidades argentinas de Concórdia, Colón e Gualeguaychú, que se ligam respectivamente às uruguaias Salto, Paysandu e Fray Bentos, onde a empresa finlandesa Botnia está construindo a fábrica de celulose. Segundo os ambientalistas, a indústria traz riscos ao meio ambiente. Os participantes da assembléia de Gualeguaychú mantêm o bloqueio "por tempo indeterminado" desde 20 de novembro, enquanto os moradores de Colón e Concórdia estão obstruindo temporariamente a instalação da fábrica, localizada à beira do rio Uruguai, fronteira natural entre os dois países. Os moradores de Colón demoraram neste sábado para dar início ao bloqueio simultâneo, previsto para às 16h (horário de Brasília), por causa da grande fila de veículos que tentava atravessar a fronteira em direção ao Uruguai. A instalação da fábrica de celulose originou uma crise entre os dois países, a ponto de a Argentina ter recorrido à Corte Internacional de Justiça de Haia sobre a decisão do Uruguai de autorizar unilateralmente a instalação da fábrica, afetando um recurso fluvial que é de administração compartilhada. O Uruguai recorreu à mesma instância devido aos bloqueios das passagens fronteiriças. A primeira reunião entre representantes dos dois Governos para tentar resolver o conflito está marcada para 18 de abril, em Madri. "Nas reuniões (em Madri), teremos a oportunidadede ver se podemos começar um diálogo", afirmou o chefe de Gabinete argentino, Alberto Fernández, à "Radio Nacional".

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