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Argentinos estão pessimistas sobre economia do país

Por ARIEL PALACIOS
Atualização:

Pelo terceiro mês consecutivo, mais da metade dos argentinos está pessimista sobre a situação econômica do país. Isso é o que mostra uma pesquisa realizada pela Escola de Economia da Universidade Católica (UCA) e a TNS Gallup, que sustenta que em julho 52% dos entrevistados definiram a situação econômica da Argentina como "ruim". Somente 13% dos argentinos afirmam que a situação econômica atual é "boa". Outros 34% sustentam que é "regular". A pesquisa também indica que o pessimismo é maior ainda no interior da Argentina, onde chega à faixa de 52%. O interior foi o cenário da crise do governo com o setor ruralista, que protagonizou quatro locautes em protesto contra a presidente Cristina Kirchner. O conflito, cujo pivô era a rebelião fiscal contra o "impostaço agrário" do governo, prolongou-se de março a julho e deixou marcas profundas na economia das províncias agrícolas. O consumo ficou paralisado durante quatro meses, e os investimentos estancaram. Inflação No topo das preocupações dos argentinos sobre a situação econômica, a inflação alcança a pole position. Embora o governo da presidente Cristina Kirchner alegue que a inflação acumulada nos primeiros sete meses do ano é de 5%, economistas independentes e associações de defesa dos consumidores afirmam que estaria entre 15% e 20%. Segundo os economistas - além de lideranças dos partidos de oposição - o índice de inflação está sendo "maquiado" pelo governo. Uma pesquisa, realizada pela consultoria Ibarómetro indicou que 40,3% dos argentinos consideram que o homem adequado para combater a escalada inflacionária é o ex-Ministro da Economia, Roberto Lavagna. Apenas 14,9% dos pesquisados acham que o homem adequado é o atual ministro, Carlos Fernández.

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