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Arrecadação fecha 2008 em R$ 685,675 bi e bate novo recorde

Fim da CPMF e diminuição do ritmo no final do ano, em função da crise, não impediram novo número histórico

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Por Adriana Fernandes e da Agência Estado
Atualização:

Mesmo com o fim da CPMF e a queda no ritmo de crescimento da arrecadação no final do ano, a Receita Federal obteve, em 2008, mais um recorde histórico de arrecadação. Dados divulgados nesta terça-feira, 27, pela Receita Federal mostram que a arrecadação de 2008 atingiu a marca de R$ 685,675 bilhões, o maior valor já registrado. No ano, a arrecadação teve um crescimento real (correção pelo IPCA) de 7,68% na comparação com o ano anterior. Veja também: De olho nos sintomas da crise econômica  Dicionário da crise  Lições de 29 Como o mundo reage à crise  Em dezembro, em decorrência da desaceleração do crescimento econômico devido ao impacto da crise financeira internacional, a arrecadação foi de R$ 66,229 bilhões, o que representou uma queda real de 4,71% sobre dezembro de 2007. No último mês do ano passado, a arrecadação apresentou um crescimento real de 20,67% sobre novembro. A arrecadação de dezembro é a maior do ano, embora não tenha conseguido superar o valor obtido em dezembro de 2007, que continua sendo a maior a arrecadação da história para um único mês. Com a correção da inflação pelo IPCA, a arrecadação de dezembro de 2007 foi de R$ 69,506 bilhões. As receitas administradas pela Receita Federal fecharam o ano em R$ 660,201 bilhões, com um crescimento real de 68,1%. As demais receitas somaram R$ 25,474 bilhões, com um crescimento real de 36,50%. Ritmo O ritmo de crescimento da arrecadação da Receita Federal em 2008 perdeu força. Enquanto em 2007 a arrecadação teve um crescimento real de 11,09%, em 2008 a alta foi de 7,68%. Ao longo do ano passado, a arrecadação das receitas administradas foi diminuindo. As receitas administradas começaram o ano com um crescimento de 20,49% e fecharam dezembro em 6,81%, no acumulado dos 12 meses. O resultado ficou abaixo inclusive das últimas previsões do secretário-adjunto da Receita, Otacílio Cartaxo, que previa uma alta em torno de 9% no ano das receitas administradas. Nos últimos dois meses de 2008 (novembro e dezembro), a arrecadação apresentou queda real em relação ao mesmo mês de 2007. Em novembro, a queda foi de 2,13% e em dezembro, o desempenho foi ainda mais desfavorável, com uma queda de 4,58%. A arrecadação do final de 2008 foi influenciada pela desaceleração do ritmo de crescimento econômico, que tem impacto nos tributos. Sazonalmente a arrecadação de dezembro, em relação a novembro, é favorecida pela tributação do 13º salário e a apuração semestral do Imposto de Renda Retido na Fonte sobre rendimentos de capital, decorrente de aplicações financeiras em fundos de investimento. O imposto de renda sobre esses investimentos só é cobrado duas vezes são ano: junho e dezembro, o que ajuda a "engordar"as receitas nesses dois meses do ano.

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