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Arrecadação federal cresce em ritmo maior que em 2007

Por ADRIANA FERNANDES E RENATA VERÍSSIMO
Atualização:

Os dados da arrecadação da Receita Federal no primeiro semestre do ano mostram força e dinamismo. Além de bater recordes em todos os meses de 2008 até junho, a arrecadação está crescendo em um ritmo maior do que no ano passado. Mesmo com uma base de comparação já elevada de 2007, a arrecadação no primeiro semestre apresentou um crescimento real (corrigidos pela inflação) de 10,43%. Nos primeiros seis meses de 2007, a arrecadação crescia a 10,02%. Segundo o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, a maior lucratividade das empresas, o crescimento do volume geral de vendas na economia, o aumento da massa salarial, a alta das importações e a expansão da produção industrial são fatores que contribuíram para o desempenho favorável da arrecadação. Ele destacou, no entanto, que o crescimento de 60,5% da arrecadação de multa e juros no primeiro semestre teve impactos favoráveis na arrecadação, proporcionando ganhos R$ 3,6 bilhões maior do que no ano passado. Enquanto no primeiro semestre deste ano, a arrecadação de multas e juros somou R$ 9,577 bilhões, no mesmo período de 2007 foi de R$ 5,968 bilhões. Rachid atribui esse aumento ao trabalho da Receita de maior presença fiscal e controle das empresas e pessoas físicas. "Com a maior presença fiscal, o contribuinte procura cumprir as obrigações fiscais", ponderou Rachid. Nos primeiros quatro meses do ano, a Receita, informou o secretário, já enviou 300 mil avisos de cobrança para os contribuintes. O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e das alíquotas da Contribuição Social sobre o lucro líquido (CSLL) das instituições financeiras (de 9% para 15%) também ajudaram a impulsionar a arrecadação. O aumento da arrecadação ocorreu mesmo com o fim da CPMF e a redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) incidente sobre gasolina e diesel. Segundo dados divulgados hoje, a arrecadação da Receita Federal nos primeiros seis meses do ano é R$ 31,42 bilhões maior do que no mesmo período do ano passado, somando R$ 327 bilhões. O valor já considera a correção da arrecadação pela inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em valores correntes, a arrecadação no primeiro semestre cresceu R$ 45,27 bilhões.

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