A arrecadação de impostos e contribuições federais totalizou R$ 74,608 bilhões no mês de agosto, representando uma alta real de 8,11% em relação a agosto de 2010, segundo dados divulgados há pouco pela Receita Federal. A arrecadação de agosto é recorde para o mês, conforme a série histórica da Receita. Na comparação com julho de 2011 houve uma queda real de R$ 17,63%.
No acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação soma R$ 630,464 bilhões, com uma elevação real de 13,26% em relação ao mesmo período do ano passado. A arrecadação acumulada é R$ 107,948 bilhões maior do que de janeiro a agosto de 2010, quando totalizou R$ 522,516 bilhões.
A secretária adjunta da Receita Federal, Zayda Manatta, afirmou que o efeito do arrefecimento da economia, em razão da crise internacional, ainda não está sendo sentido na arrecadação. "O efeito ocorre com defasagem. O resultado de agosto é um bom desempenho para o mês. Posso dizer é que, se houver desempenho negativo da economia, interfere na arrecadação, mas não é o único fator", afirmou.
PIS/Cofins
A secretária adjunta da Receita Federal, Zayda Manatta, informou hoje que a arrecadação de impostos em agosto foi reforçada por um depósito judicial de PIS e Cofins de uma única empresa, no valor de R$ 1 bilhão. Zayda disse ainda que a arrecadação de R$ 1,85 bilhão do Refis da Crise (Lei 11.941) foi puxada pela antecipação de parcelas por empresas inscritas no programa. "A interferência do pagamento da pessoa física (na arrecadação) é bem reduzida", disse.
O Refis da Crise tem reforçado a arrecadação desde junho, quando as maiores empresas concluíram o processo de parcelamento com o Fisco. No ano, estas receitas já somam R$ 14,187 bilhões, segundo os dados da Receita Federal.
A secretária afirmou que a curva de crescimento da arrecadação acumulado no ano é decrescente e deve fechar 2011 com alta entre 11% e 11,5% em relação a 2010. Até agosto, o aumento da arrecadação de tributos federal é de 13,26% ante janeiro a agosto de 2010.
Segundo ela, este porcentual foi elevado em função das arrecadações excepcionais que ocorreram em junho e julho. Além do Refis da Crise, um recolhimento atípico de CSLL pela Vale de R$ 5,8 bilhões ajudou a elevar o resultado das receitas. "A gente não imagina que terá receita deste montante até o fim do ano. Se acontecer, a gente vai ficar contente", afirmou.