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Arrecadação federal soma R$ 87,8 bilhões, novo recorde para maio

Resultado representa uma alta real de 5,8% ante o mesmo mês do ano passado e sinaliza recuperação na arrecadação

Por Laís Alegretti , Renata Veríssimo e da Agência Estado
Atualização:

BRASÍLIA - A arrecadação federal voltou a dar sinais de recuperação em maio e somou R$ 87,8 bilhões, novo recorde para o mês, o que representa uma alta real de 5,8% (descontada a inflação pelo IPCA) em relação ao mesmo período de 2012. Com o resultado, a arrecadação voltou a registrar crescimento no acumulado do ano em relação aos cinco primeiros meses de 2012. Até abril, a arrecadação estava em queda de 0,34% ante janeiro a abril do ano passado. Agora, a arrecadação no acumulado no ano atingiu R$ 458,302 bilhões, com aumento real de 0,77% sobre o mesmo período de 2012.

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Segundo os dados da Receita Federal, esse porcentual é ainda maior se consideradas apenas as receitas administradas, que acumulam alta real de 1,09% de janeiro a maio deste ano. Somente no mês de maio, as receitas administradas subiram 6,68% em relação a maio de 2012.

Os fatores que mais influenciaram negativamente a arrecadação este ano foram a renúncia fiscal com as desonerações tributárias, que está R$ 9,134 bilhões maior que no mesmo período do ano passado, e a queda de R$ 5,878 bilhões no pagamento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) na declaração de ajuste anual, que é paga até março sobre o lucro das empresas em 2012. A Receita informou que somente a desoneração da folha de salários representou uma perda de R$ 4,430 bilhões em relação ao ano passado. A queda de arrecadação com a isenção da Cide-Combustíveis foi de R$ 2,232 bilhões e da redução do IPI para automóveis, de R$ 1,177 bilhão em relação aos cinco primeiros meses de 2012. O único fator positivo foi a arrecadação extraordinária, como depósito judicial e venda de participação societária, de R$ 4 bilhões de PIS/Cofins e IRPJ/CSLL. A arrecadação de PIS/Cofins mostra crescimento de 6,5% no acumulado do ano, enquanto que o IRPJ e a CSLL têm alta de 2,9%. As receitas previdenciárias subiram 3,05% em relação ao mesmo período do ano passado. O pagamento de Imposto de Renda sobre a Pessoa Física (IRPF) subiu 4,41%. A arrecadação de IPI, por outro lado, acumula queda de 10,56%, a de IOF, 14,41% e, na Cide-Combustível, a retração é de 99,79%.

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