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Arrecadação sobe 1,69% em 2019, para R$ 1,5 trilhão, melhor resultado em cinco anos

Crescimento das receitas com royalties do petróleo e do crédito bancário para empresas e pessoas físicas contribuíram para esse avanço

Foto do author Eduardo Rodrigues
Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Eduardo Rodrigues e Lorenna Rodrigues (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 1,537 trilhão em 2019, um aumento real (já descontada a inflação) de 1,69% na comparação com 2018. O valor arrecadado no ano passado foi o maior valor desde 2014.

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Segundo a Receita Federal, contribuiu para o aumento da arrecadação neste ano o crescimento da economia brasileira, que, segundo a previsão de analistas do mercado financeiro, deve ficar em cerca de 1,2% no ano passado (resultado ainda será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Além disso, houve crescimento das receitas com royalties do petróleo, com alta real 1,28% no ano passado, contra 2018, para R$ 61 bilhões. No ano anterior, haviam somado R$ 58,2 bilhões.

Outro fator foi a alta do crédito bancário para empresas e pessoas físicas, que gerou aumento real de 8,44% no Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), para R$ 40,890 bilhões.

Também houve arrecadação atípica de R$ 13 bilhões em IRPJ e CSLL em 2019 influenciada pelas "alterações nas regras de compensações tributárias, a exemplo das estimativas mensais dos tributos".

Parte do crescimento da arrecadação no acumulado deste ano ainda está relacionada ao resultado de 2018, pois as empresas recolheram esses valores no primeiro trimestre de 2019.

O comportamento da arrecadação é importante porque é uma referência para a busca da meta fiscal, ou seja, o resultado para as contas públicas. Para 2019, a meta do governo é de um déficit (resultado negativo, sem contar as despesas com juros) de até R$ 139 bilhões.

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Resultado ruim em dezembro

No último mês do ano, a arrecadação federal somou R$ 147,5 bilhões, o pior desempenho para o mês desde 2016. O montante ficou praticamente estável na comparação com dezembro de 2018.

Avanço do crédito bancário para empresas e pessoas físicas provocou aumento real de 8,44% na arrecadação de IOF. Foto: Fabio Motta/Estadão
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