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Arthur Andersen diz que indiciamento é ?abuso de poder?

Por Agencia Estado
Atualização:

A Arthur Andersen LLP classificou o seu indiciamento pelo Departamento de Justiça dos EUA como sem precedentes e uma atitude extraordinariamente arbitrária. Em nota divulgada, a Andersen disse que "isso é um grande abuso de poder do governo". O Departamento de Justiça indiciou a companhia por obstrução da Justiça através da destruição de documentos relacionados ao colapso de seu cliente, a Enron Corp. A Andersen reclamou que o Departamento de Justiça "recusou permitir que a firma contasse sua história ao grande júri". A nota diz que o processo criminal contra a Andersen por obstrução da Justiça "não tem base legal". A companhia de auditoria afirmou que não há suporte para as acusações de que a Andersen agiu de forma imoral ou que tentou persuadir "outra pessoa" a destruir documentos. A Andersen disse que quando soube que documentos foram destruídos em seu escritório em Houston, tratou de notificar o Departamento de Justiça e a Securties and Exchange Commission (SEC, a CVM norte-americana) e que tem cooperado completamente com as investigações desde então. A companhia insiste em que seus executivos seniors não tinham conhecimento da destruição de documentos e que o esforço para destruir dados foi limitado a um número relativamente pequeno de sócios e empregados da companhia. A Andersen disse que considerando as "fracas evidências" de intenção criminal de um pequeno número de pessoas envolvidas na destruição de documentos da Enron, não pode entender como o Departamento de Justiça pode implicar toda a companhia numa atividade criminosa. A Arthur Andersen disse ainda que a decisão do Departamento de Justiça "coloca em risco" a habilidade da companhia a chegar a qualquer acordo com os acionistas da Enron. A companhia reclamou que o Departamento de Justiça foi alertada que a habilidade da Andersen de pagar qualquer acordo seria baseado na preservação da prática da firma. A Andersen também disse que irá realizar todas as reformas propostas pelo grupo de auditoria externa e pelo ex-presidente do Federal Reserve Paul Volcker, que inclui uma ampla reorganização da firma.

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