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‘As empresas precisam de oxigênio’, diz professor da USP

Economista Hélio Zylberstajn alerta para dificuldade de fazer crédito chegar aos negócios

Por Douglas Gavras
Atualização:

Para o economista e professor da USP Hélio Zylberstajn, medidas como a redução de jornada e de salários ajudaram a frear o aumento do desemprego como reflexo da pandemia da covid-19 no País. Ele diz, porém, que a dificuldade das empresas em tomar crédito foram no sentido oposto.

Opesquisador da Fipe e professorda USPHélio Zylberstajn Foto: Wertjer Santana/Estadão

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As medidas adotadas pelo governo para os trabalhadores até agora foram acertadas? 

Sim, 10 milhões de pessoas mantiveram o vínculo de emprego por meio da suspensão do contrato ou pela redução da jornada e do salário. A Medida Provisória 936 foi inovadora e, se o governo prorrogar as medidas, vamos evitar mais aumento do desemprego. 

Onde as medidas deram errado? Na tomada de crédito pelas empresas durante a crise?

O que dependia do planejamento e da gestão da crise até foi feito, mas emperrou nos bancos. Eles continuaram exigindo garantias das empresas na hora de tomar crédito, apesar de o governo assumir os riscos ao financiar a folha de pagamento. O que precisa ser feito é resolver esse gargalo. Para ter emprego, as empresas precisam de oxigênio. 

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