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Ásia acumula um terço das reservas monetárias

A crise de liquidez (volume de negócios) no passado levou bancos centrais a aprofundar sua estratégia de acumulação de reservas, e hoje o continente provê capital aos países desenvolvidos

Por Agencia Estado
Atualização:

Os países asiáticos já acumulam quase um terço da reservas monetárias globais e concentram 58% do investimento estrangeiro em bônus do Tesouro norte-americano. Pelas declarações dos vice-presidentes dos bancos centrais da China e Coréia, durante o seminário do Banco Central da Argentina, que durou dois dias em Buenos Aires, a região continuará crescendo e aumentando sua participação nas reservas monetárias globais. "Os países do sudeste asiático contam hoje com um elevado volume de capital. A crise de liquidez no passado levaram os bancos centrais a aprofundar sua estratégia de acumulação de reservas, e hoje a Ásia provê capital aos países desenvolvidos", afirmou Xiaoling Wu, vice-presidente do Banco Popular da China. As reservas asiáticas globais passaram de 10% em 1995 para 31% em 2005. A soma das reservas da China, Japão, Coréia e Índia, é de US$ 2 bilhões, segundo destacou Wu. Já o vice-presidente do Banco Central da Coréia, Hae Wang Chung, destacou que até o final de março, dos 10 países com maior volume de reservas, sete eram asiáticos. "Devido ao rápido desenvolvimento destas nações, suas reservas em moeda estrangeira deveriam crescer ainda mais, junto com sua influência nos mercados financeiros", disse Chung. Status financeiro Segundo o executivo, "a importante acumulação de reservas em moeda internacional está elevando o status financeiro e a credibilidade da região em nível mundial". Chung também ressaltou que as economias asiáticas não vislumbram nenhuma desaceleração e que estas serão, no futuro, uma potência similar aos Estados Unidos ou Europa. "Um recente estudo do Banco da Coréia revelou que no final da década de 2010, o tamanho da economia asiática será semelhante à da União Européia, quando contava com 15 países, e que na metade da década de 2010 será igual aos três países norte-americanos, Estados Unidos, Canadá e México", destacou Chung.

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