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Ásia e Europa pedem ajuda ao FMI para resolver crise

Líderes das regiões prometem grande reforma do sistema financeiro global e ressaltam papel crítico do FMI

Por Suzi Katzumata , Renato Martins e da Agência Estado
Atualização:

Os líderes da Ásia e da Europa, reunidos em um encontro de cúpula na capital da China, pediram ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para desempenhar um papel vital na ajuda às nações severamente atingidas pela crise econômica global. "Os líderes concordaram que o FMI deve desempenhar um papel crítico em assistir países seriamente afetados pela crise", desde que solicitado, segundo um comunicado postado na página na internet do encontro Ásia-Europa (Asem, na sigla em inglês).   Veja também: Lições de 29  Consultor responde a dúvidas sobre crise   Como o mundo reage à crise  Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise A cronologia da crise financeira  Dicionário da crise    O encontro de cúpula da Asem começou nesta sexta-feira, 24, e reúne mais de 40 líderes das duas regiões, com as conversas dominadas pela crise econômica. Ao fim do primeiro dia de discussões, os líderes da Ásia e da Europa prometeram uma grande reforma do sistema financeiro global.   "Os líderes prometeram se responsabilizar por uma reforma ampla e eficaz dos sistemas financeiros e monetários internacionais", segundo um comunicado postado no site do encontro. "Eles concordaram em tomar rapidamente iniciativas apropriadas neste respeito, em consulta com todas as partes associadas e as instituições financeiras internacionais relevantes."   Crédito emergencial   Duas fontes do FMI citadas pela agência Bloomberg disseram que o Fundo estuda conceder créditos emergenciais em moeda forte aos países membros equivalentes a até cinco vezes as cotas de contribuição de cada país. A medida visa a impedir colapsos econômicos nos países emergentes. Os créditos seriam por três a seis meses e o FMI não exigiria nenhuma mudança de política econômica por parte dos países tomadores.   As fontes ressalvaram que o FMI estuda impor critérios rígidos para assegurar que o programa ajude países com problemas de liquidez, e não de solvência. Para levantar os recursos necessários à concessão dos créditos, o FMI recorreria a acordos que permitem à instituição tomar empréstimos dos países desenvolvidos. O diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Khan, teria proposto o programa durante a reunião da Diretoria Executiva realizada nesta quarta-feira.

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