Assinatura de carro é opção para evitar o Uber e para quem quer um ‘carrão’

Modalidade conquista desde cliente de modelos mais básicos até o consumidor disposto a gastar R$ 20 mil por mês

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Após viver dois anos nos EUA, Lucas Dolabela, de 34 anos, voltou ao Brasil em 2019 decidido a não ter mais carro próprio. Passou a usar o Uber até meados do ano passado, quando, em razão da pandemia, achou melhor voltar ao transporte individual.

Como não queria “empatar” dinheiro na compra de um automóvel nem ter “dor de cabeça” com seguro, impostos e manutenção decidiu pela assinatura de um Chevrolet Onix sedã na Localiza. Formado em economia e finanças e sócio do fundo de investimentos Horizonte Capital, Dolabela fez as contas e achou a modalidade vantajosa.

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Dolabela fez as contas e achou assinatura mais vantajosa Foto: Alex Silva/Estadão

Ele fez assinatura por dois anos para rodar 1 mil km por mês e paga R$ 1,4 mil mensais. “O carro custa R$ 80 mil; se eu colocasse o dinheiro em um investimento com risco teria rendimento de R$ 3,2 mil, ou quase duas parcelas”, calcula.

“Incluindo a desvalorização, equivalente a R$ 16 mil, já são mais de dez prestações”, compara Lucas. Quando completar os dois anos, ele vai renovar a assinatura e, como gosta de carros, vai testar diferentes modelos. “A ideia é manter para sempre (a modalidade)”, afirma.

O empresário da área de tecnologia Rafael Barbalho se ressentia de não ter opções de locação de carros premium no mercado. “Eu ficava caçando opções, mas era difícil encontrar.” Ele achou o formato que queria quando surgiu a assinatura.

Barbalho decidiu vender seu carro e o da esposa, investiu o dinheiro e alugou um Audi RS5 por cerca de R$ 19 mil ao mês. Ele escolheu o modelo, a cor e os opcionais e a locadora Osten Fleet importou o carro exclusivo para ele. “O cliente escolhe o modelo como se ele fosse comprar, mas nós é que compramos mediante o contrato de assinatura”, explica Liandra Boschiero, gerente da Osten Fleet.

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Os prazos oferecidos pela empresa são de 12 a 48 meses. Na devolução, o carro é revendido. O grupo Osten é dono de revendas como BMW, Jaguar, Land Rover e Jeep e atua com seguros.

Barbalho optou por automóvel que custa R$ 660 mil nas revendas Foto: Alex Silva/Estadão

O empresário fez a assinatura do RS5 por dois anos e pretende fazer um contrato também para a esposa. À vista, o modelo sairia por R$ 660 mil. Com 32 anos, ele conta que trabalha desde os 14 anos e agora quer “curtir” as coisas que não podia ter antes.

Embora atue com a compra de carros escolhidos pelo cliente, a Osten Fleet também traz ao País modelos que representem inovação.

Recentemente o grupo importou dois Model 3 da Tesla e outros quatro Model Y estão a caminho. Um dos Model 3, que custa R$ 700 mil, está com a assinatura quase fechada. Apesar do preço à vista ser um acima do RS5, a assinatura é mais barata pois o gasto com manutenção de carros elétricos é inferior ao de um a combustão, explica Liandra, e deve ficar na casa dos R$ 18 mil.