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Ata condiciona próximo Copom ao cenário macro, diz economista

Para Newton Camargo Rosa o documento não fez uma sinalização clara de quanto poderá reduzir a Selic em outubro

Por Agencia Estado
Atualização:

A ata da reunião do Copom de agosto condicionou os próximos passos da política monetária ao desempenho do cenário macroeconômico até 18 de outubro, quando o colegiado se reunirá novamente. A avaliação é do economista-chefe da SulAmérica de Investimentos, Newton Camargo Rosa, para quem, com este argumento, o documento não fez uma sinalização clara de quanto poderá reduzir a Selic em outubro, se 0,25 ponto porcentual ou 0,50. "Tirando esse condicionamento do Copom ao cenário macro, a ata da reunião de agosto não mudou em nada na comparação com a anterior", diz Camargo Rosa. Ele acrescenta que do ponto de vista do mercado, esta ata está sendo considerada como neutra. "Até a expressão demandar maior parcimônia foi mantida na ata", repara o economista da SulAmérica. "Já esperávamos uma ata neste tom porque o ´statement´ que o BC solta depois de cada reunião do Copom já condicionava a próxima reunião ao andamento da macroeconomia", explica o chefe do Departamento Econômico da SulAmérica. Para Camargo Rosa, ao cortar 0,50 ponto porcentual da Selic na reunião passada, o BC considerou que o cenário de inflação é tranqüilo e que as expectativas estão muito bem ancoradas, apontando para uma taxa de inflação abaixo de 4,50% até mesmo para 2007. No tocante à atividade econômica, da qual todos esperavam uma evolução melhor que a registrada em função da melhora de renda, expansão do crédito e fiscal e dos efeitos defasados dos cortes de juros, não houve crescimento dentro do potencial. Ou seja, diz Camargo Rosa, o próximo corte ainda não está definido.

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