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Ata do Copom e inflação trazem cautela aos mercados

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado de juros diminuiu a euforia diante dos sinais dados pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento, que explica as razões que levaram o Comitê a reduzir a Selic, a taxa básica de juros da economia, em dois pontos na última reunião ? de 22% ao ano para 20% ao ano -, deixou claro ao mercado que os cortes mais intensos já aconteceram. Ficou evidente também que agora a queda de juro prosseguirá, mas em uma velocidade menor. Como as taxas de juros no mercado futuro vinham caindo muito e o mercado claramente havia intensificado o otimismo nos últimos dias, houve espaço para um ajuste das expectativas. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), os contratos com taxas pós-fixadas (DIs) e vencimento em abril fecharam no patamar de 18,39% ao ano, ante 18,22% ao ano ontem. Já os contratos com vencimento em janeiro de 2003 encerraram em 18,82% ao ano, frente a 18,72% ao ano; os papéis com vencimento em outubro encerraram o dia no patamar de 19,70% ao ano, frente a 19,71% ao ano ontem. O índice de inflação divulgado hoje também contribuiu para diminuir a euforia dos mercados. A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) com alta de 0,94% na terceira quadrissemana de setembro, acima das previsões, que variavam entre 0,70% e 0,90%. A Fipe também elevou de 0,60% para 0,90% a sua projeção para a inflação deste mês. Bolsa e dólar Para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), além das notícias no cenário interno, as bolsas em Nova Iorque influenciaram o desempenho das ações. O Ibovespa fechou em queda de 1,56% e o volume financeiro somou R$ 909 milhões. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones ? que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa de Nova Iorque ? caiu 0,86% e a Nasdaq ? bolsa que negocia papéis do setor de tecnologia e Internet ? fechou em baixa de 1,44%. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,9400 na ponta de venda dos negócios, em alta de 0,62% em relação às últimas operações de ontem. A moeda norte-americana iniciou a quinta feira no patamar de R$ 2,9400 e oscilou da máxima de R$ 2,9420 à mínima de R$ 2,9200. Com o resultado de hoje, o dólar apresenta queda de 1,31% em setembro e acumula baixa de 16,95% no ano.

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