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Ata do Copom mexe com mercado de juros; dólar e Bolsa sobem

O contrato de taxas pós-fixadas (DI) com vencimento em janeiro de 2008, um dos mais negociados, encerrou a sessão com taxa de 14,65% ao ano (14,61% ontem)

Por Agencia Estado
Atualização:

A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada hoje reduziu as expectativas sobre a magnitude do corte da Selic, a taxa básica de juros da economia, na próxima reunião do Comitê e já mexeu com as taxas de juros dos contratos negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O termo "parcimônia" foi usado novamente no texto, mas com a inclusão da palavra "mais". Ou seja, o Copom avisa que será mais cauteloso com o corte de juros nas próximas reuniões. O contrato de taxas pós-fixadas (DI) com vencimento em janeiro de 2008, um dos mais negociados, encerrou a sessão com taxa de 14,65% ao ano (14,61% ontem). Já o contrato com vencimento em janeiro de 2009 fechou a 14,88% ao ano (14,81% ontem). No mercado cambial, o dólar fechou praticamente estável hoje, cotado a R$ 2,1905 (+0,02%) na BM&F. Já o dólar pronto (comercial) fechou em R$ 2,1910, com alta de 0,05%. O leilão de compra de dólares do BC no final da manhã, totalizando US$ 240 milhões, reduziu a oferta de moeda e reverteu a queda do dólar. Hoje a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) foi puxada pela valorização das ações com maior peso no Ibovespa - que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa -, como Petrobras e Vale do Rio Doce, e também pelas condições favoráveis da economia brasileira, que incluem juros em queda, inflação sob controle e situação fiscal equilibrada. O Índice Bovespa fechou em alta de 0,80%, com 36.887 pontos. Operou entre a máxima de 37.112 pontos (+1,41%) e a mínima de 36.593 pontos (estável). Com esse resultado, a bolsa passou a acumular altas de 0,70% em julho e de 10,26% em 2006. O movimento financeiro ficou em R$ 1,888 bilhão. A operação de troca de títulos da dívida externa, anunciada de manhã, foi bem recebida pelos investidores, e derrubou a taxa de risco Brasil - taxa que mede a desconfiança do investidor estrangeiro em relação à capacidade de pagamento da dívida do País -, que chegou perto de seu nível histórico de baixa de 214 pontos base, atingido em 2 de maio deste ano. Aproveitando a melhora recente do mercado externo em relação aos países emergentes, o governo brasileiro iniciou ontem uma operação para trocar até US$ 1,5 bilhão de títulos da dívida externa que vencem em 2020, 2024, 2027 e 2030 por um bônus com prazo de vencimento em 2037. Nesse tipo de operação, o Tesouro troca dívida cara por outra mais barata, além de adiar os prazos de vencimento. A operação vai durar seis dias e o resultado só será conhecido na próxima quinta-feira. A troca dá seqüência à série de medidas que o governo vem adotando desde o ano passado para alongar os prazos de vencimento dos papéis e melhorar o perfil da dívida externa do País. A cada novo movimento, a percepção de risco do Brasil tem diminuído um pouco mais. O risco brasileiro ontem voltou a cair, enquanto os dos países emergentes subia.

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