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Atacado eleva inflação de maio

Em abril, o IGP-M havia detectado uma deflação de 0,42%. Neste mês, houve alta de 0,38% na taxa

Por Agencia Estado
Atualização:

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de maio subiu 0,38%, ante queda de 0,42% em abril. A taxa, anunciada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou perto do teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam um resultado entre 0,33% a 0,40%, e perto da média das expectativas (0,40%). A FGV anunciou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-M de maio. O Índice de Preços por Atacado (IPA), que representa 60% do total do resultado do IGP-M, teve alta de 0,43% em maio, ante deflação de 0,77% em abril. Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem participação de 30% na formação da taxa do IGP-M, apresentou elevação de 0,07% em maio, ante aumento de 0,22% em abril. Já o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representa 10% do total do IGP-M, subiu 0,81% em maio, ante alta de 0,21% em abril. Até maio, o IGP-M acumula elevação de 0,65%, mas registra queda de 0,33% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo do IGP-M foi do dia 21 de abril a 20 de maio. Produtos Agrícolas Os preços dos produtos agrícolas subiram 0,29% no atacado em maio, ante deflação de 3,03% em abril, no âmbito do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). De acordo com a FGV, ainda no atacado, os preços dos produtos industriais registraram alta de 0,47% em maio, ante taxa negativa de 0,07% em abril. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram queda de 0,66% em maio, ante elevação de 0,23% em abril. Por sua vez, os preços dos bens intermediários subiram 0,85% em maio, ante deflação de 0,23% em abril. Já os preços das matérias-primas brutas tiveram alta de 1,16% em maio, ante taxa negativa de 3,25% em abril. A alta do IGP-M de 0,38% em maio, foi a a maior taxa nesse tipo de indicador desde janeiro deste ano, quando o índice subiu 0,92%. A informação é baseada em tabela contendo a série histórica do indicador, fornecida pela FGV em divulgações anteriores do índice. Pela mesma tabela, é possível notar que o IPA de maio, que registrou alta de 0,43%, teve a maior taxa também desde janeiro deste ano, quando avançou 1,10%. Já o IPC, que teve alta de 0,07% em maio, assumiu trajetória oposta à registrada pelo IGP-M e pelo IPA, e apresentou em maio a menor taxa desde fevereiro deste ano, quando o IPC subiu 0,11%. Por fim, o INCC, que registrou alta de 0,81% em maio, teve a maior taxa desde junho de 2005, quando o subiu 2,20%. Atacado Até maio, o IPA acumula alta de 0,22%, mas registra queda de 2,22% em 12 meses, segundo a FGV. O IPA representa 60% do total do IGP-M. De acordo com a FGV, até maio, os preços dos produtos agrícolas acumulam quedas de 3,79% no ano, e de 10,71% em 12 meses. Já os preços dos produtos industriais registram elevações acumuladas de 1,49% no ano e de 0,62% em 12 meses até maio. No âmbito do IPA-EP, que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais acumulam aumentos de 1,62% no ano e de 0,99% em 12 meses até maio. Por sua vez, os preços dos bens intermediários registram aumento de 1,19% no ano até maio, mas ainda acumulam queda de 0,52% em 12 meses até maio. Por fim, os preços das matérias primas brutas, até maio, registram quedas de 3,63% no ano e de 9,70% em 12 meses. A FGV esclareceu ainda que, no IGP-M de maio, as principais elevações de preços no atacado, por produtos, foram registradas em cana-de-açúcar (7,62%); fios e cabos de cobre isolados (19,24%); e milho em grão (6,21%). Já as mais expressivas quedas de preço, no atacado, foram registradas nos preços de laranja (-22,26%); feijão em grão (-16,60%); e plásticos em lençol (-21,69%). Varejo No varejo, o IPC acumula elevações de preços de 1,33% no ano e de 2,43% em 12 meses até maio. O IPC representa 30% do total do IGP-M. De acordo com a FGV, a desaceleração na taxa do IPC de abril para maio (de 0,22% para 0,07%) foi provocada, principalmente, pela queda nos preços de Transportes (de 0,56% para -0,34%) e Alimentação (de -0,06% para -0,22%), no período. Dos sete grupos que compõem o IPC, cinco registraram desaceleração ou até mesmo queda de preços, de abril para maio. Além dos dois já citados, é o caso de Vestuário (de 0,93% para 0,80%); Educação, Leitura e Recreação (de -0,24% para -0,53%) e Despesas Diversas (de 0,42% para 0,12%). Os outros grupos registraram aceleração de preços, no período, como Habitação (de 0,17% para 0,29%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,67% para 0,82%). Por produtos, as altas de preço mais expressivas no varejo foram registradas em tomate (12,19%); empregada doméstica mensalista (3,48%) e plano e seguro saúde (0,93%). Já as mais expressivas quedas de preço foram registradas em álcool combustível (-9,63%); batata-inglesa (-8,45%) e laranja pêra (-12,58%). A FGV esclareceu ainda que, no âmbito do INCC, que representa 10% do total do IGP-M, fora registradas acelerações de preços em materiais e serviços (de 0,14% para 0,41%) e mão-de-obra (de 0,28% para 1,26%), de abril para maio. Este texto foi atualizado às 10h10.

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