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Atacado eleva inflação medida pelo IGP-10 em maio

A alta foi de 0,36% - a maior desde janeiro deste ano, quando a taxa havia ficado em 0,84%

Por Agencia Estado
Atualização:

Após registrar duas retrações seguidas, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) voltou a subir - principalmente por conta dos produtos vendidos no atacado - chegando a 0,36% em maio. Em abril, a queda havia sido de -0,65%, segundo informou nesta sexta-feira a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A alta é a maior desde janeiro deste ano, quando a taxa havia ficado em 0,84%. Mesmo com a alta, o resultado ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pela Agência Estado, que esperavam algo entre 0,13% e 0,43%. O total, porém, ficou acima da mediana das expectativas, que era de 0,26%. Até maio, o IGP-10 acumula elevação de 0,68%, mas registra queda de 0,42% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo foi de 11 de abril a 10 de maio. Atacado Segundo a fundação, o indicador que possui mais representatividade no resultado geral do IGP-10, o Índice de Preços do Atacado (IPA-10) - com 60% de participação - teve alta idêntica ao indicador do mês, em 0,36%. Em abril, a mesma taxa havia ficado negativa em 1,10%. No indicador, os preços dos produtos agrícolas tiveram variação nula de abril para maio, ante que de 3,89% registradas no preços do levantamento anterior. Os produtos industriais, por sua vez, tiveram alta de 0,47%, ante deflação de 0,23% em abril. Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram queda de 0,12% em maio, ante deflação de 0,17% em abril. Já os preços das matérias-primas brutas tiveram alta de 0,22% em maio, ante queda de 4% em abril. A FGV informou ainda que as altas de preço mais expressivas no atacado foram registradas nos preços de cana-de-açúcar, com 5,77%; fios e cabos de cobre isolados, com 14,68%; e tomate, com 37,01%. As mais significativas quedas foram apuradas em laranja, com 22,57%; com mandioca 12,01%; e feijão em grão, com 11,48%. Até maio, o Índice de Preços por Atacado (IPA-10) acumula elevação de 0,25%, e queda de 2,43% em 12 meses. Varejo Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor - 10 (IPC-10), que tem participação de 30% no total do indicador e mede os preços vigentes no varejo, registrou elevação de 0,30% em maio, ante avanço de 0,21% em abril. Segundo a fundação, a aceleração na taxa do IPC-10 de abril para maio foi impulsionada por elevação intensa nos preços do grupo Alimentação, que estava em deflação de 0,37% e passou para alta de 0,34%. Dos sete grupos que compõem o indicador de varejo, quatro registraram aceleração de preços, ou fim de deflação, na passagem do IGP-10 de abril para o indicador de maio. Além de Alimentação, é o caso de Habitação (de 0,24% para 0,29%); Vestuário (de 0,66% para 0,94%); e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,59% para 0,98%). Já os outros grupos registraram desaceleração ou deflação mais intensa de preços, como Educação, Leitura e Recreação (de -0,18% para -0,55%); Transportes (de 1,09% para 0,11%) e Despesas Diversas (de 0,40% para 0,12%). Por produtos, as altas de preço mais expressivas no varejo foram registradas em tomate, com 29,85%; mamão papaya, com 13,90%; e leite tipo longa vida, com 3,22%. As maiores quedas ficaram a cargo das passagens aéreas, com -13,03%; laranja pêra, com -11,53%; e álcool combustível, com -3,73%. No varejo, o IPC-10 acumula até maio aumentos de 1,55%, e de 2,91% em 12 meses. Construção Com representatividade de 10% no total do IGP-10, o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC-10) teve, no período, a maior alta desde julho de 2005, quando a taxa ficou em 0,64%. Em maio, o indicador subiu 0,49%. Em abril, a alta havia sido de 0,20%. Dentro do INCC-10 tanto nos segmentos de materiais e serviços quando no de mão-de-obra houve aceleração nos preços. As taxas foram de 0,43% e 0,56%; respectivamente.

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