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Até agora, inflação só acendeu sinal amarelo, diz Mantega

Há uma pressão dos preços dos alimentos na inflação em razão da entressafra e da escassez de alguns produtos no mercado internacional, como carne, leite e alguns grãos

Por Renata Veríssimo , Fabio Graner e da Agência Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou no início da noite o resultado da pesquisa do Dieese que apurou a alta da cesta básica em 16 capitais. Segundo o ministro, há uma pressão dos preços dos alimentos na inflação em razão da entressafra e da escassez de alguns produtos no mercado internacional, como carne, leite e alguns grãos. Mas, segundo ele, isso não teve impacto muito preocupante até agora. Mantega lembrou que a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) tem a tarefa de acompanhar os preços e que o governo tem medidas que podem ser adotadas a qualquer momento. Mas, para ele, "ainda não há nenhum desespero". Segundo ele, a queda nos preços administrados compensa a elevação dos preços dos alimentos. "Estávamos num patamar de inflação um pouco baixo. Estávamos 1,5 ponto porcentual abaixo do centro da meta (4,5%). Então, uma aproximação do centro não chega a ser algo trágico" afirmou ele em uma rápida entrevista ao chegar ao Ministério da Fazenda. "Estamos usando uma margem que existe. Esta turbulência internacional sinaliza na direção oposta. Se houver uma retração da economia internacional, deve haver uma redução dos preços e do consumo e isso é algo esperado", disse. Ele disse que as economias estão sempre sujeitas a variações de preços, mas que não tem porque o governo se precipitar num evento que se concentra em um ou dois meses. "Estamos vigilantes. Inflação é para nós uma questão séria. Não vamos permitir que ela se eleve", afirmou. Para o ministro, a turbulência internacional ainda não impactou os preços. Segundo ele, se os preços internos subirem mais do que os internacionais, o governo pode reduzir o imposto de importação. "Até agora, acendeu apenas o sinal amarelo", disse. O ministro, no entanto, não quis avaliar o impacto do aumento dos preços detectados pelo Dieese na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que anuncia amanhã a nova taxa básica de juros Selic. "Não tem visão de economista. Como ministro da Fazenda, estou esperando a decisão e a ata do Copom com a explicação da percepção do Copom sobre estes eventos".

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