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Atendendo Justiça de NY, Varig retira 11 aeronaves de operação

Ontem, a ILFC ameaçou que pediria medidas extraordinárias da Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York para que a Varig cumprisse a ordem de devolução das aeronaves

Por Agencia Estado
Atualização:

A Varig retira hoje de operação 11 aeronaves que pertencem à Internacional Lease Finance Corporation (ILFC). A informação é de fontes da companhia aérea. Ontem, a ILFC ameaçou que pediria medidas extraordinárias da Corte de Falências do Distrito Sul de Nova York para que a Varig cumprisse a ordem de devolução das aeronaves. Entre as medidas classificadas como extraordinárias que a ILFC iria sugerir ao juiz Robert Drain, na audiência desta semana, estariam desde multa até pedido de prisão para os representantes da Varig nos EUA por "violação às ordens" determinadas pela Corte norte-americana. Na última semana, venceu dívida da Varig com a ILFC sem que a empresa brasileira efetuasse pagamento. O credor afirmou que a Varig continuava operando suas nove aeronaves "em violação às ordens" da Corte de Nova York. Na última semana, expirava a dívida da Varig com a ILFC, quando os advogados da empresa brasileira tentaram, sem sucesso e em uma curta audiência, prorrogar a data de pagamento da dívida. Sem efetuar o pagamento, a empresa brasileira teria de interromper, imediatamente, as operações comerciais destas aeronaves, sendo que um uma nova ordem determinava 14 dias, a partir do dia 16 de junho, para que a Varig fizesse o retorno das mesmas. A ILFC reclamava que os danos diários não estavam ligados apenas ao aluguel dos aviões, mas também à depreciação das aeronaves pelo uso diário. Assim, segundo documento depositado na Corte, o credor acreditava que um remédio extraordinário poderia ser necessário para que a Varig atendesse a ordem que já havia sido obtida na última semana. Cancelamento de vôos O mais recente balanço dos vôos cancelados pela Varig, em São Paulo, hoje mostra que a companhia aérea promoveu 21 cancelamentos até as 12 horas, um dia após ter sua venda homologada pela Justiça. Segundo apurou a Rádio Eldorado, foram 12 vôos domésticos cancelados no Aeroporto de Congonhas, na capital paulista, e 9, entre nacionais e internacionais, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. No aeroporto da capital paulista, os passageiros demoram até 5 horas para conseguir a realocação entre outra companhia aérea. Os guichês da Varig estão praticamente vazios. No Rio de Janeiro, segundo a assessoria de imprensa da Infraero, foram 17 cancelamentos até às 11 horas, sendo nove de vôos nacionais e quatro internacionais, no Aeroporto Internacional Galeão/Tom Jobim, e quatro vôos da ponte aérea Rio-São Paulo, no Aeroporto Santos Dumont. No total, foram 38 vôos cancelados no Rio e em São Paulo. A assessoria de imprensa da companhia, situada no Rio de Janeiro, informou que não vai se pronunciar sobre o assunto. Em Congonhas, a assessoria da Infraero também evitou se posicionar sobre os cancelamentos da Varig, que não estão sendo avisados por telefone, mas somente nos painéis de informação. Extra-oficialmente, a alegação para os cancelamentos é a falta de combustível e outros entraves burocráticos.

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