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Ato pelo Dia do Trabalho no Rio tem princípio de confusão

Cerca de 15 pessoas se envolveram em uma briga na escadaria da Câmara; segundo a CUT, tumulto começou após homem favorável à monarquia fazer comentários racistas

Por Constança Rezende
Atualização:
Manifestantes se concentram na Cinelândia Foto: Wilton Junior/Estadão

RIO - Houve princípio de confusão na manifestação em homenagem ao Dia do Trabalhador e contra a reforma trabalhista e repressão policial à greve geral, na Cinelândia, no centro do Rio. Por volta de 13h, cerca de 15 pessoas se envolveram em uma briga na escadaria da Câmara dos Vereadores. 

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Manifestantes assustados correram da confusão. Segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Rio, Marcelo Rodrigues, a briga teria começado quando um homem a favor da volta da monarquia fez comentários racistas contra outros manifestantes. O grupo retirou o homem da escadaria, sob protestos. Depois disso, os ânimos se acalmaram.

A Cinelândia está lotada por integrantes de movimentos sindicais, como CUT, Associação de Servidores da Fiocruz, Movimento dos Sem-Terra, e partidos como PCdoB. Um grupo de médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais também prestam auxílio ao evento. São 50 profissionais de saúde prontos para atender manifestantes caso haja alguma emergência. 

Os grupos começaram a se reunir por volta das 11h, em torno de um carro de som. Eles levam faixas contra o governo Temer e gritam palavras de ordem como "pode reprimir / esse governo vai cair".

Protesto. Uma jovem distribuiu rosas aos policiais militares que estão de plantão no entorno da manifestação pelo Dia do Trabalho e contra a reforma trabalhista, na Cinelândia, centro do Rio. A imagem da moça foi compartilhada nas redes sociais com a legenda: “Os PMs, ao contrário do prefeito de SP, João Dória, não jogaram as rosas no chão”, em referência à atitude do prefeito diante de protesto neste domingo, 30. A jovem não quis dar entrevista sobre seu ato. Segundo pessoas que a acompanhavam, ela é católica, pegou as flores numa igreja e teve a ideia de entregá-las aos policiais. Enquanto os PMs recebiam as rosas, manifestantes gritavam: “Flores no lugar de bombas”.

Estudante distribuiu flores para policiais durante ato no Dia do Trabalho no Rio. Foto: Luíza Xavier Foto:
PMs receberam flores em comemoração no 1º de Maio, no Rio. Foto: Luíza Xavier. Foto:
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