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Atrasos da Airbus fazem empresas repensarem compra do A380

Fabricante deve entregar apenas uma das nove aeronaves prometidas para 2007; adiamento é o terceiro em seis meses

Por Agencia Estado
Atualização:

Algumas empresas aéreas estão revendo suas posições na compra do Airbus A380, maior avião de passageiros do mundo, depois que a fabricante anunciou um novo prazo para a entrega da aeronave. Emirates, Virgin Atlantica, Singapore Airlines e Qantas - que queriam comprar o superjumbo - mostraram-se desapontadas com a posição da Airbus, segundo informações da BBC. A primeira entrega do A380 foi adiada para outubro de 2007, mas a fabricante informou que as compras ainda estão confirmadas. A Airbus vai entregar apenas um A380 em 2007, quando sua promessa inicial era de nove. A Emirates também divulgou na terça-feira que recebeu um aviso de que os seus A380s demorarão mais 10 meses para ser entregues. A operadora Qantas, que não deve receber seu A380 até agosto de 2008, afirmou estar "desapontada" com o atraso, o terceiro anunciado nos últimos seis meses. Entretanto, a direção não informou sobre o cancelamento das compras, afirmando que seria pior tanto para a Qantas quanto para a Airbus. Segundo a BBC, a Singapore Airlines, empresa que comprou 19 modelos da Airbus informou que está repensando a compra. A Virgin Atlantic, afirmou que os atrasos têm "implicações sérias" para seus negócios, informou estar fazendo o mesmo, segundo a BBC. Por outro lado, BAE Systems, que controla a Airbus junto com a empresa EADS a vender parte de suas cotas no negócio. Em setembro, a BAE afirmou estar disposta a vender 20% de sua participação, que é minoritária, por 2,7 bilhões de Euros. Na ocasião, segundo a BBC, a empresa informou que acredita no fato de que os atrasos na entrega do A380 da Airbus vão representar um problema no futuro. Representantes da EADS, que detêm 80% da Airbus, acreditam que a empresa vai pagar um preço caro pelo adiamento nas entregas, especialistas afirmaram que o fato dá espaço para o crescimento da principal concorrente no mercado, a Boeing.

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