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Audiência sobre o caso Merrill Lynch é adiada

Por Agencia Estado
Atualização:

O procurador-geral do Estado de Nova York, Eliot Spitzer, concordou em adiar uma audiência sobre o caso em que a Merrill Lynch é suspeita de relações "promíscuas" entre as divisões de análise e investimentos. De acordo com uma porta-voz de Spitzer, o procurador e representantes da Merrill Lynch tiveram hoje várias horas de "discussões produtivas", que poderão levar a um acordo extra-judicial. Fontes próximas ao caso disseram que, caso a Merrill Lynch concorde em mudar suas práticas, Spitzer poderá desistir de levar adiante um processo judicial com acusações civis e criminais contra a empresa. A audiência marcada para quinta-feira foi adiada para 16 de maio. As investigações de Spitzer, iniciadas há dez meses, indicam que os analistas da Merrill Lynch apresentavam aos investidores relatórios favoráveis a determinadas ações para que a área de investment banking da empresa conseguisse contratos; em conversas reservadas, porém, os analistas faziam comentários desfavoráveis sobre aquelas mesmas ações. Desde a divulgação do relatório de Spitzer, no mês passado, a SEC (CVM norte-americana) iniciou suas próprias investigações sobre a questão dos conflitos de interesse entre os setores de pesquisa e de investimentos de bancos e corretoras. Entre as firmas sendo investigadas estão a Salomon Smith Barney, controlada pelo Citigroup, a Morgan Stanley, a Goldman Sachs, a Bear Stearns, a Lehman Brothers, a UBS Warburg e o Crédit Suisse First Boston.

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