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Augustin fala em melhora na execução dos investimentos

Por Laís Alegretti e ADRIANA FERNANDES E RENATA VERÍSSIMO
Atualização:

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, avalia que "não é bom" o resultado dos investimentos globais, que somaram R$ 38,8 bilhões até julho, alta de apenas 0,1% em relação a igual período do ano passado. "Há atraso na execução dos investimentos, mas temos otimismo que vai melhorar", afirmou a jornalistas, ao comentar dados do Tesouro referentes a julho, apresentados mais cedo nesta quinta-feira, 29. "Existe um ritmo de pagamento e um ritmo de execução. E isso aparentemente está melhor. Há um trabalho de acompanhamento e ele aponta para isso. Eu quero deixar bem claro que a minha expectativa é que isso já estivesse acontecendo." Questionado sobre a expectativa do governo para o resultado dos investimentos, responde que "trabalhamos com valores de crescimento em relação ao ano passado e isso não está acontecendo". Para Augustin, o "atraso" no investimento se deve a um conjunto de dificuldades para executar as obras. Entre os motivos, além da greve de funcionários do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT), o secretário citou o nível das exigências legais e ambientais. "Se você durante anos não tem investimentos em valor significativo, você não tem empresas que fazem os projetos, (não tem) o número de engenheiros. Há uma série de gargalos que precisamos recuperar", disse. "Eu acho que ninguém pode se eximir de alguma forma da responsabilidade (pelo resultado dos investimentos), inclusive o governo federal. Essa coisa de capacidade técnica dos órgãos, tudo isso é um processo", continuou Augustin.Uma das formas de enfrentar os gargalos, segundo o secretário, são as concessões. "Teremos a infraestrutura feita por obra pública e depois teremos incremento das concessões. Procurou-se, além do caminho da obra pública, um caminho para aumentar a velocidade. É um processo, é uma luta." Emissão externaUma nova emissão externa soberana será realizada "no próximo período", previu Augustin, acrescentando que a janela de oportunidade retorna em setembro. O secretário destacou, no entanto, que as condições de mercado têm se alterado fortemente. Uma possível ação militar na Síria, criaria maior tensão e traria mais um elemento para as avaliações financeiras. "Mas, talvez mesmo nesse cenário, seja o caso de fazer emissão", disse, detalhando que a tendência é de uma colocação em dólar.

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