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Aumenta número de mulheres no mercado de trabalho, diz OIT

Organização lembra, no entanto, que mais da metade dessas trabalhadoras tem empregos vulneráveis

Por Carina Urbanin e Agência Estado
Atualização:

O número de mulheres que participam dos mercados de trabalho do mundo inteiro é o mais alto da história. Porém, mais da metade dessas trabalhadoras tem empregos vulneráveis, mal pagos, sem proteção social nem direitos, afirmou o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado nesta quinta-feira, 6. Segundo o relatório, o número de mulheres empregadas teve aumento de 200 milhões durante a última década alcançando 1,2 bilhão em 2007, diante de 1,8 bilhão de homens. "Este progresso, no entanto, não deve esconder as evidentes injustiças que persistem nos locais de trabalho em todo o mundo", declarou o diretor-geral da OIT, Juan Somavia. De acordo com o relatório, a proporção de mulheres com emprego vulnerável (trabalhadora familiar, auxiliar não remunerada, ou por conta própria) caiu de 56,1% para 51,7% desde 1997. Entretanto, a vulnerabilidade continua atingindo grande parte das mulheres, principalmente nas regiões mais pobres. "Quanto mais pobre é uma região, maiores são as possibilidades de que as mulheres permaneçam confinadas aos grupos de trabalhadoras familiares", disse Somavia. O relatório apontou também que na última década o setor de serviços superou o da agricultura como provedor de empregos para as mulheres. Em 2007, 36,1% das mulheres trabalhavam na agricultura, enquanto 46,3% no setor de serviços. O presidente da OIT afirmou, ainda, que as mulheres deverão superar numerosos obstáculos e discriminações na busca de emprego. E ressaltou: "As sociedades não podem continuar a ignorar o potencial da mão-de-obra feminina". Somavia destacou que a região que obteve o maior êxito em termos de crescimento econômico nesta década, a Ásia Oriental, apresenta relação emprego-população mais alta para as mulheres (65,2%). E concluiu: "Dar às mulheres igualdade de condições no local de trabalho é um direito para elas e um bem para todos".

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