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Aumenta risco de crise de crédito na Hungria, diz Fitch

País enfrenta problemas como a fuga de capitais externos e a deterioração do estoque de financiamento 

Por Ricardo Criez e da Agência Estado
Atualização:

BUDAPESTE - O sistema bancário da Hungria está estável e os bancos comprometidos com os seus braços locais, mas o risco de uma crise de crédito aumentou devido à queda na liquidez, informou hoje o Banco Nacional da Hungria, em seu Relatório de Estabilidade.

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"O enfraquecimento da capacidade de empréstimo está relacionado com a situação do financiamento: a fuga de capitais externos, o alto estoque de swaps em moeda estrangeira que os bancos usam para os empréstimos e a deterioração corporativa do estoque de financiamento", afirmou Marton Nagy, diretor de estabilidade financeira do banco central local.

O BC está buscando maneiras de melhorar a situação, em parte por meio de um possível novo marco regulatório, disse o Conselho de Política Monetária, em comunicado emitido paralelamente ao relatório.

Já a Fitch avaliou que o rating de crédito da Hungria dependerá do sucesso do país em seus esforços para garantir ajuda financeira. A agência de classificação de risco pediu urgência ao pedido húngaro de assistência stand-by do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da União Europeia, e manteve a perspectiva negativa para o rating soberano da Hungria. "Ajuda adequada e oportuna iria diminuir os riscos dos financiamentos fiscal e externo", afirmou a Fitch, ao acrescentar que isso reduziria uma fonte potencial de pressão sobre o rating do país.

Os comentários da Fitch vieram após o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, e o presidente da Comissão Europeia, José Barroso, terem resolvido uma disputa sobre uma nova resolução do BC da Hungria, que bloqueava o início das negociações de ajuda financeira externa ao país.

A Fitch continua preocupada com a exposição da Hungria à economia da zona do euro e aos bancos, além do seu elevado endividamento público e privado. As preocupações com a imprevisibilidade política e as possibilidades de derrapagem orçamentária também não foram dissipadas. As informações são da Dow Jones.

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