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Aumento de carga tributária surpreende até aliados

Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que o ministro da Fazenda, Pedro Malan, não o informou, na conversa que tiveram sobre a edição da medida provisória que reajusta a tabela do imposto de renda da pessoa física (IRPF), de que o texto da MP incluiria um aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) paga pelas empresas prestadoras de serviço. Agripino considera, no entanto, que há consistência na justificativa do governo para o aumento do imposto das empresas, de que a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que a compensação da renúncia de receita seja feita com o aumento impostos ou contribuições. O líder do PFL observou que os líderes partidários da Câmara já haviam refutado essa hipótese de compensação, mas avaliou que a base de sustentação do governo não deve criar problemas ao Executivo em ano eleitoral, até porque a MP atende ao objetivo do Congresso, que lutou para que os assalariados pagassem menos imposto de renda. "A disposição da base é de não encostar o governo na parede nem de levar as finanças públicas à bancarrota, principalmente em ano eleitoral", afirmou José Agripino. Na avaliação dele, durante a discussão da MP haverá um debate, no qual serão apresentados argumentos contra e a favor do aumento da CSLL, e a decisão será no voto.

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