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Aumento do mínimo pressiona IGP-DI

O IGP-DI de maio ficou em 0,67%. O resultado ficou acima do número de abril, 0,13%. Um dos motivos apontados foi o aumento do salário mínimo.

Por Agencia Estado
Atualização:

A inflação em maio, medida pelo IGP-DI registrou variação de 0,67%, bem acima do índice de abril, que foi de 0,13%. O Índice, divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi o segundo maior do ano, perdendo apenas para o resultado de janeiro, que foi de 1,02%. O IGP-DI é composto pela média ponderada do IPC, IPA e INCC. Em maio, o Índice de Preços por Atacado (IPA) foi de 0,69%, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ficou em 0,40% e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,35%. O economista Paulo Sidney Cota, chefe do Centro de Estudos de Preços da FGV, explicou que a alta em maio já era esperada por conta do impacto do aumento do salário mínimo, da estiagem no Sul e da pressão da alta do dólar sobre os preços agrícolas. O reajuste do salário mínimo pesou no item habitação: de 0,41% em abril saltou para 1,63% em maio. A entrada da coleção de roupas de inverno também pressionou os preços. O item vestuário subiu de 0,63% em abril para 1,52% em maio. O dissídio dos empregados na construção civil de São Paulo em maio (de 4,68%) elevou o INCC em 2,40% em maio. A alta de maio não alterou a previsão do chefe do Centro de Estudos de Preços da FGV, de que o IGP-DI deverá fechar o ano em torno de 6%. Para junho, a expectativa de Cota é que esse indicador de inflação volte a recuar, para cerca de 0,5%, com o IPA ficando em torno de 0,60%, o IPC em 0,30% e o INCC em 0,50%.

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