O aumento do volume de negócios, num período de valorização do mercado acionário e de efervescência das ofertas de ações, levantaram os resultados da BM&FBovespa no final de 2009.
A empresa, terceira maior holding de bolsas do mundo, informou na terça-feira à noite que obteve lucro líquido de R$ 220,2 milhões de reais de outubro a dezembro, volume 8,8% superior ao de igual período de 2008, na base proforma.
A receita líquida da companhia foi de 424,8 milhões de reais, 19,5% maior que a de igual período de um ano antes.
Já a geração de caixa, medida pelo Ebitda, foi de R$ 276,4 milhões no trimestre, 17,3% superior na comparação anual. A margem Ebitda, no entanto, teve redução de 3,1 pontos percentuais, passando de 68% para 64,9%.
O crescimento das receitas foi impulsionado pelo salto de 56,4% do volume médio diário de negociação na Bovespa, para R$ 6,8 bilhões.
Esse avanço foi favorecido em parte pela fraca base de comparação, já que o quarto trimestre de 2008 marcou o período mais agudo da crise financeira global, o que derrubou o preço das ações e enxugou o volume de negócios.
Além disso, de outubro a dezembro de 2009 houve forte atividade das ofertas públicas de ações. Dos R$ 46 bilhões movimentados no ano, R$ 24 bilhões aconteceram neste intervalo, incluindo o gigantesco IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) do Banco Santander.
Também estrearam no pregão neste período a Cetip, a Direcional Engenharia e a Fleury.
O resultado só não foi melhor devido ao avanço de 25,2% das despesas operacionais, para R$ 160,4 milhões.
A companhia na semana passada anunciou a assinatura de um protocolo de intenções para elevar a participação no capital do CME Group para 5% do capital, que vai consumir investimentos da ordem de R$ 620 milhões. Para 2010, a empresa projeta investimentos de R$ 302,1 milhões. (Aluísio Alves)