PUBLICIDADE

Publicidade

Austrália quer manter a Qantas

Empresa aérea negocia fusão com a British Airways

Por Efe e Sydney
Atualização:

Mesmo que a fusão com a britânica British Airways vá à frente, a companhia aérea Quantas terá de permanecer sob controle australiano por razões de segurança nacional, afirmou o ministro do Transporte da Austrália, Anthony Albanese. As duas empresas anunciaram na semana passada a criação de um gigante mundial da aviação, avaliado em quase US$ 5,8 bilhões. A fusão, de acordo com as empresas, seria uma forma de ajudar a conter os efeitos da crise financeira. O ministro admitiu, em declarações à rádio estatal australiana, que a consolidação de empresas é inevitável, por causa dos impactos do aumento do preço do combustível, no início do ano, e do fato de que o setor aéreo é particularmente vulnerável a um cenário de retração econômica mundial. Entretanto, segundo o ministro Albanese, o negócio terá de respeitar o fato de que a Austrália precisa dispor de uma companhia aérea, tanto por razão de segurança nacional quanto por uma questão de prestígio. O governo australiano sinalizou que está disposto a rever as regras de participação estrangeira para viabilizar a operação. No entanto, uma eventual fusão terá de cumprir requisitos legais que estabelecem que a empresa deve manter sua sede no país, nomear um presidente local e garantir que pelo menos 51% do capital fique nas mãos de australianos. A legislação da Austrália proíbe uma única companhia estrangeira de adquirir mais de 25% de uma companhia local. Pelas regras vigentes, um grupo de companhias estrangeiras está limitado a uma participação de 35%. A exigência de um mínimo de 51% do capital de uma companhia aérea nas mãos de australianos deve ser mantida, mas o governo estuda permitir que uma única companhia estrangeira venha a ser dona de 49%. A Qantas já declarou que, no caso de a fusão se concretizar, as empresas continuarão sendo negociadas em bolsa de forma separada, em Londres e na Austrália. Por outro lado, a negociação paralela de uma outra fusão, entre a British Airways e a espanhola Iberia, põe em perigo a operação. O governo da Austrália jamais apoiará a iniciativa a três, só restando a opção de deixar a aquisição da Iberia para o futuro. Caso os negócios se concretizem, esta seria a maior companhia aérea do mundo em termos de destino e a segunda maior companhia em número de aeronaves.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.