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Áustria admite que estatizaria bancos à força

Por RICARDO GOZZI E MARCÍLIO SOUZA
Atualização:

O governo da Áustria estatizaria os bancos do país à força, mas apenas se este fosse o último recurso na luta para conter o contágio pela atual crise no sistema financeiro internacional, afirmou hoje o chanceler Alfred Gusenbauer. A opção de estatização total ou parcial de um banco contra a vontade de seus acionistas faz parte de uma proposta de pacote de 100 bilhões de euros para apoiar o setor financeiro divulgada hoje. "Como último recurso, essa possibilidade está prevista", afirmou Gusenbauer a jornalistas em Bruxelas, antes de reunir-se com outros líderes da União Européia (UE). A proposta de pacote determina que uma estatização forçada poderia ocorrer somente por meio de decreto ministerial e que caberia aos tribunais decidir posteriormente o montante da compensação a ser paga aos acionistas. Harald Waiglein, um porta-voz do Ministério das Finanças da Áustria, disse à agência Dow Jones que uma eventual estatização parcial ou total seria considerada "somente para evitar um prejuízo econômico grave à sociedade", e apenas como medida de curto prazo. Grécia O governo da Grécia anunciou hoje um pacote de 28 bilhões de euros (US$ 38 bilhões) para ajudar os bancos do país, como parte de um esforço europeu para restaurar a confiança no sistema financeiro. O pacote consiste de três medidas específicas e de curto prazo que se estenderão apenas até 2009: o compromisso de garantir até 15 bilhões de euros em emissões de bônus novos de três a cinco anos por parte dos bancos locais; a injeção de até 8 bilhões de euros nos bancos por meio de bônus do governo para ajudar a aumentar a base de capital do setor bancário; e a disponibilidade do governo para comprar até 5 bilhões de euros em títulos híbridos de bancos. As informações são da Dow Jones.

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