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“Autoconhecimento nos impulsiona aos nossos sonhos e objetivos”

Para Dafna Blaschkauer, diretora global de Produtos Digitais da Nike, realização tem a ver com trabalhar com paixão, aprender sempre e se sentir desafiada

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Por Aladas
3 min de leitura
Arte: Media Lab Estadão 

As jornadas como atleta e executiva e a carreira internacional deram a Dafna Blaschkauer a oportunidade de desenvolver e aprimorar novas habilidades a cada dia. “Ao longo do meu percurso, sempre tive essa mentalidade de desenvolvimento contínuo”, afirma.

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Uma das convidadas do Diálogos Estadão Think, Dafna compartilhou os aprendizados que teve em sua trajetória e como as soft skills – como disciplina, foco, resiliência e criatividade – a ajudaram a potencializar as hard skills, ou seja, suas competências técnicas.

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Após sua palestra, ela concedeu a seguinte entrevista:

Quais orientações você daria para as jovens que desejam trilhar uma carreira executiva como a sua?

Costumo fazer a analogia da vida como um livro em construção. A cada dia, temos a oportunidade de escrever uma nova página e de desenvolver ou aprimorar uma habilidade. Aprendi desde cedo com o esporte a seguir o caminho das minhas paixões, aliado ao growth mindset (mentalidade de crescimento), traçando objetivos big & bold, desafiadores, porém possíveis, sempre em busca da minha melhor versão.

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Nessa jornada, você poderia destacar um grande aprendizado?

Eu entendi que self awareness, o autoconhecimento, é a palavra mágica e transformadora para nos impulsionar em direção aos nossos objetivos e sonhos. Isso permite maximizar nossos pontos fortes e principalmente, buscar o desenvolvimento de habilidades críticas para trilhar a carreira desejada. Quando conseguimos fazer isso, nós podemos atingir a nossa potência máxima.

Quais habilidades ou soft skills trazidas do esporte ajudaram na sua vida profissional e como elas podem auxiliar as mulheres no mundo do trabalho?

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Entre as que eu entendo como fundamentais está a disciplina, que é fazer o que deve ser feito, mesmo que você não queira. Eu a considero a mãe de todas as soft skills, pois é a base para aprender ou aprimorar qualquer outra habilidade. Também destaco o foco, saber distinguir as poucas coisas essenciais das muitas triviais; a resiliência, capacidade de lidar com situações adversas; criatividade orientada a resultado; e mindfulness, pois o presente é o momento que realmente importa, o único sobre o qual temos controle.

O que torna uma mulher uma empreendedora de sucesso, seja no universo corporativo, no ecossistema empreendedor ou no mundo esportivo?

Sucesso, para mim, é trabalhar em algo pelo qual eu esteja apaixonada. É sobre eu estar feliz, estar em um processo contínuo de desenvolvimento e aprendizado, e me sentir desafiada. Também é sobre impactar pessoas e negócios, ter sucesso compartilhado e multiplicado. Acredito que o sucesso seja relativo para cada uma e muda a cada momento e fase de vida. Acho importante desmistificar essa palavra e evitarmos comparações com realidades e objetivos distintos, pois, em vez de gerar inspiração, pode ter efeito contrário, causando frustrações e depressões.

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Na busca do sucesso, o que as mulheres devem considerar?

Creio que o passo inicial seja ter clareza do que significa o sucesso para ela -- o que ela está buscando? Por quê? Para quê? Para quem? Essa deve ser uma reflexão individual, sem se preocupar em atender as expectativas dos outros, da família, dos amigos ou da sociedade. Volto aqui com a importância da palavra-chave, mágica e transformadora: autoconhecimento.

Hoje, quais os entraves que impedem a equidade de gênero nas companhias e como superá-los?

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A superação começa com a inclusão de equidade como prioridade estratégica nas empresas, com a mensagem do time de liderança cascateada top to down ao nível gerencial, com um comprometimento formal e acompanhamento de métricas claras, mensuráveis e com um deadline. Acredito que os líderes têm que mostrar isso não apenas por meio de palavras e quadros na parede, mas, principalmente, em atitudes e resultados, aumentando a confiança do time.

Do ponto de vista tático, é fundamental que haja maior participação de mulheres nos processos seletivos, visando aumentar o funil de entrada e massa crítica para a ocupação das vagas disponíveis. Outro ponto importante está no desenvolvimento das mulheres para cargos de liderança, por meio de mentorias e coaching customizados. Também é necessário termos homens como aliados no processo e engajados com o tema, buscando soluções em conjunto. E, por fim, acredito que isso seja uma jornada de longo prazo, pois são necessários investimentos de recursos e tempo e a continuidade desses programas nas empresas.

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