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Autoridades do governo discutem mínimo

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, aprovam o aumento do mínimo. Porém, a fonte dos recursos deve vir de um corte de gastos ou aumento da arrecadação.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, aprova o debate sobre salário mínimo e acredita que esta discussão deve ser finalizada no âmbito da aprovação do orçamento. "Para um aumento de R$ 10,00 no salário mínimo temos de achar R$ 1,8 bilhão, seja em corte de despesas, seja em aumento de receitas e de forma permanente", disse o ministro. Armínio Fraga, presidente do Banco Central, também concorda que não há solução mágica para aumentos salariais, seja do mínimo ou para o Judiciário. "Ou será preciso fazer cortes de gastos ou então arrecadar mais", disse Fraga. Porém, ele não quis adiantar onde seriam feitos os cortes ou se seria necessário aumentar impostos. Alíquota única de IR pode ser solução Para aumentar a arrecadação, o governo tem duas propostas: criação de uma alíquota única para o Imposto de Renda ou o fim das deduções de despesas com educação, saúde e previdência complementar no cálculo anual do Imposto de Renda. Fraga defende a idéia da cobrança da alíquota única no Imposto de Renda - proposta pelo secretário da Receita Federal, Everardo Maciel. "Falo como economista, mas vejo essa idéia com muita simpatia. Pelo o que eu estudei do tema, a simplificação da cobrança de impostos não pune os mais pobres ou a classe média", disse Fraga. Segundo o presidente do BC, a cobrança de alíquotas diferenciadas permite que os mais ricos, como empresas e bancos, possam fazer planejamento tributário. Segundo o presidente do BC, a intenção do governo é justamente de tentar reduzir a cobrança de impostos dos mais pobres, arrecadando mais dos mais ricos. Fraga ressaltou que o ideal é fazer a melhor distribuição de renda pelo lado dos gastos do que pela arrecadação. "O governo pode melhorar essa distribuição investindo mais em educação, saúde e em outras despesas sociais do que pela arrecadação tributária", explicou o presidente do BC.

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