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Auxílio Brasil pode atender 20 milhões de famílias, 3 milhões a mais do que previa o governo

Estimativa é do deputado Marcelo Aro, relator do projeto aprovado na Câmara; hoje cerca de 14 milhões de famílias são beneficiadas pelo programa social que substituiu o Bolsa Família

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Por Adriana Fernandes
Atualização:

BRASÍLIA - O relator da Medida Provisória (MP) que cria o Auxílio Brasil, deputado Marcelo Aro (Progressistas-MG), previu que 20 milhões de famílias poderão ser beneficiadas com as mudanças no desenho do programa aprovadas hoje pela Câmara dos Deputados.

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O programa Bolsa Família, que foi substituído pelo Auxílio Brasil, atendia 14,7 milhões de famílias, e o governo prometeu subir para 17 milhões de beneficiados.

Acontece que a MP aprovada na Câmara impede que haja filas e ainda aumenta os critérios de acesso ao programa em relação ao texto da MP enviada pelo governo e que serviu de base para a definição do orçamento do novo programa social com a marca do governo Bolsonaro.

Os valores da linha de extrema pobreza sobem para famílias com renda por pessoa de R$ 100 para R$ 105 e de pobreza de R$ 200 para R$ 210. No extinto Bolsa Família, esses valores eram R$ 89 (extrema pobreza) e R$ 178 (pobreza).

Beneficiário com o cartão do Bolsa Família; programa de transferência foi substituído pelo Auxílio Brasil Foto: Divulgação

“Recebem hoje o Bolsa algo em torno de 14 milhões de brasileiros. Zerando a fila e com a mudança das faixas de pobreza e extrema pobreza passaríamos de 20 milhões de famílias contempladas”, afirmou o relator logo após a aprovação da MP por unanimidade dos deputados com nenhum voto contrário.

Ele não falou se o orçamento será preciso subir. O governo conta com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios para abrir espaço no Orçamento ao Auxilio Brasil. Segundo Aro, na PEC a previsão de gasto para o Auxílio é de R$ 85 bilhões, R$ 50 bilhões mais dos R$ 34,7 bilhões que constavam no projeto de lei do Orçamento de 2022.

Segundo Aro, a fila hoje tem dois milhões de pessoas que são elegíveis e que estão esperando para receber o benefício de assistência social. “Todo mundo que estava com a demanda reprimida do Bolsa Família passa a receber o Auxilio Brasil. Essas milhões de pessoas passam a receber imediatamente”, disse ele, que destacou que o critério de faixa de pobreza para entrar no programa subiu R$ 32, o que ampliará o acesso das famílias ao Auxílio Brasil.

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Ao Estadão, assessores do ministro da Cidadania, João Roma, informaram que o governo não tem o cálculo de quantas famílias poderão entrar a mais com as mudanças aprovadas hoje na MP.

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