Publicidade

Auxílio-desemprego nos EUA tem maior nível em 26 anos

Por LUCIA MUTIKANI
Atualização:

O número de trabalhadores pedindo auxílio-desemprego nos Estados Unidos saltou para o maior nível em 26 anos na última semana, à medida que os empregadores apertaram o cinto para enfrentar o que muitos temem ser uma longa e profunda recessão. Os pedidos de auxílio-desemprego aumentaram em 58 mil, para 573 mil, sofrendo a maior alta desde setembro de 2005, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira. Trata-se da maior leitura desde novembro de 1982. Relatórios separados mostraram que o déficit comercial norte-americano aumentou inesperadamente em outubro, enquanto os preços de importados sofreram uma queda recorde no último mês com o recuo dos preços do petróleo. "Agora está claro o que todos nós temíamos, que a recessão global está atingindo o que tem sido um dos principais impulsos da expansão da economia norte-americana", afirmou David Resler, economista-chefe da Nomura Securities, sobre a queda das exportações. Dados do governo divulgados anteriormente mostraram que a economia norte-americana cortou 533 mil empregos em novembro, maior número em 34 anos, e analistas afirmaram que o relatório de auxílio-desemprego indica que a sangria ainda não acabou. "Nós estamos experimentando a piora absoluta da desaceleração econômica neste momento", disse T.J Marta, analista de renda fixa da RBC Capital Markets. O número de pedidos contínuos de auxílio-desemprego cresceu em 338 mil na última semana, para 4,43 milhões. Foi a maior alta em 34 anos. O Departamento de Comércio afirmou que o déficit comercial do país cresceu 1,1 por cento, para 57,2 bilhões de dólares, em outubro. As importações da China cresceram 2,8 por cento, para 34 bilhões de dólares. Outro relatório, do Departamento de Trabalho, mostrou que as importações norte-americanas mergulharam 6,7 por cento em novembro, maior queda registrada desde 1988, à medida que os preços do petróleo afundaram 25,8 por cento.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.