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Avalie o investimento nas ações da Vale

A opinião do mercado está dividida com relação à compra das ações da Vale. Para alguns analistas, a vistosa alta acumulada poderá inibir valorização do papel.

Por Agencia Estado
Atualização:

O investimento em fundos de privatização da Vale do Rio Doce com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) poderá ser feito até dia 15 e as transferências dos fundos da Petrobrás para o da Vale até sexta-feira, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os optantes obterão 5% de desconto na compra das ações da Vale desde que cumpram a carência de seis meses. O trabalhador que vai aplicar o FGTS deve procurar um dos bancos que oferecem o produto - são 26 carteiras abertas a qualquer investidor - levando um extrato do FGTS ou a carteira de trabalho e o número do PIS-Pasep. Não é preciso abrir conta corrente. É possível aplicar na Vale até 50% do saldo das contas vinculadas. Um dos critérios para a escolha do fundo é a taxa de administração cobrada pelo banco. Como o papel que compõe a carteira é o mesmo em todos os fundos, o nível da taxa será fator determinante de rentabilidade das carteiras. Um fundo com taxa menor tende a render mais que o de taxa mais elevada. As taxas cobradas variam de 0,7% a 2% ao ano. É interessante? A acentuada valorização da ação ordinária (ON, com direito a voto) da Vale, a que vai compor a carteira dos fundos, tem dividido as opiniões dos analistas sobre a atratividade do investimento do FGTS no fundo da empresa. O risco seria aplicar em uma ação valorizada que poderá ficar ainda mais cara acompanhando a possível onda de alta que se desenha para a bolsa diante da perspectiva de redução das taxas de juro. A ação da Vale poderá estar mais ou menos valorizada dependendo do momento da definição do valor de venda das ações. No ano, até o momento, o papel acumula valorização de 17,12%, que fica ampliada para 25,57% nos últimos 12 meses. Para alguns analistas, os números indicam que pode ser uma temeridade investir na Vale. O diretor da Ágora Corretora, Álvaro Bandeira, está otimista. "Só em dividendos, a empresa deverá distribuir 9% do valor das ações este ano, o que supera o rendimento do FGTS, de TR mais 3% ao ano." A perspectiva seria alentadora para prazos mais longos. "A possibilidade de transferir os recursos para os fundos carteira livre - compostos por títulos atrelados a juros e ações diversas - também atrai", completa.

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