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Aversão ao risco cresce, petróleo dispara e bolsas caem

Por Claudia Violante
Atualização:

O feriado ontem nos EUA (Dia do Presidente) não facilitou as coisas para os investidores, que começaram a semana em clima de aversão ao risco devido ao agravamento dos conflitos geopolíticos no norte da África e no Oriente Médio. A turbulência alcança países como Bahrein, Iêmen, Marrocos e Argélia, mas é a situação na Líbia que causa maior preocupação, pois é dona da maior reserva comprovada de petróleo na África. O petróleo do tipo Brent disparou mais de 5% durante o dia, ultrapassando US$ 108 por barril e o contrato para março no mercado eletrônico em Nova York subiu mais de 6%, acima de US$ 91. Na Europa, a bolsa italiana foi a que mais sofreu devido a exposição à Líbia. Em Milão, a queda foi de 3,59%, mas, nas demais praças, as perdas superaram 1%. O Ibovespa cedeu 1,19%, perdendo os 68 mil pontos reconquistados na sexta-feira. O vencimento de opções sobre ações comandou os negócios pela manhã, mas, à tarde, o mercado ficou a reboque do exterior e viu o giro financeiro minguar por causa do feriado norte-americano. A alta do petróleo sustentou Petrobrás no campo positivo durante quase toda a jornada, porém, no fim das contas, os ganhos da petrolífera foram tímidos. As preferenciais de Petrobrás avançaram 0,11% e as ordinárias, 0,03%. Já o dólar ficou de lado perante o euro e o iene, mas teve leve ganho ante o franco suíço. Aqui, a moeda no balcão subiu 0,18%, para R$ 1,6670 em meio à expectativa de leilão de compra à vista, o que não ocorreu. As taxas futuras de juros aceleraram a alta e bateram as máximas no final do dia com os investidores se protegendo da possibilidade de um IPCA-15 salgado nesta terça-feira.

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