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Aviação prevê prejuízo de US$ 8 bilhões nos EUA

Por Agencia Estado
Atualização:

A Associação de Transporte Aéreo dos EUA prevê que as companhias aéreas norte-americanas terão um prejuízo de US$ 8 bilhões ou mais em 2002, superando o prejuízo recorde de 2001, de US$ 7,7 bilhões. A estimativa foi feita dias após os executivos do setor terem pedido ao Congresso durante audiência perante o subcomitê de aviação da Câmara dos Deputados ajuda extra para o setor, que foi atingido pela queda de receita, pelo aumento dos gastos com segurança e com pagamento de seguros e pela expectativa de guerra contra o Iraque. "Parece claro para mim que o setor vai registrar outro grande prejuízo num trimestre que geralmente é lucrativo", disse o economista-chefe da associação, David Swierenga, referindo-se ao terceiro trimestre. Apesar de as operadoras terem reduzido capacidade e custos em resposta à fraca demanda, Swierenga disse que apenas essas reduções não poderiam compensar o declínio de 16% em receita com passageiros em julho e agosto. "Não ficaria surpreso de maneira alguma se (o prejuízo no terceiro trimestre) ficar entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões" disse ele. "O quarto trimestre é geralmente um período não lucrativo, mesmo nas melhores épocas, e, com nenhuma melhoria à vista para as receitas, eu espero que o setor possa perder facilmente entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões no quarto trimestre." Combinados com o prejuízo de US$ 3,9 bilhões divulgado pelas aéreas no primeiro semestre do ano, os prejuízos de US$ 2 bilhões no terceiro trimestre e de US$ 4 bilhões no quarto iriam empurrar o déficit anual para US$ 9,9 bilhões. Entretanto, Swierenga disse que prefere uma previsão mais cautelosa de um prejuízo de US$ 8 bilhões em 2002. O economista atribuiu a queda da receita do setor à desaceleração econômica, à diminuição dos gastos corporativos com viagens e à menor conveniência das viagens aéreas por causa do aumento da segurança nos aeroportos. Além disso, o economista afirmou que as diversas taxas e cobranças que são adicionadas aos preços das passagens, em parte para financiar os novos procedimentos de segurança, estão espantando a demanda. "Haveria mais viagens hoje se isso não tivesse ocorrido, porque qualquer aumento no preço reduz a demanda", disse Swierenga.

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