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Avicultores pedem ao governo painel na OMC contra UE

Produtores reclamam de lei que limita o acesso do frango brasileiro na Europa, que concentra 13,6% das exportações

Foto do author Célia Froufe
Por Célia Froufe (Broadcast) e BRASÍLIA
Atualização:

A União Brasileira de Avicultura (Ubabef) encaminhará ao Ministério das Relações Exteriores (MRE) nos próximos dias pedido de abertura de painel na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a União Europeia. Os avicultores reclamam da nova legislação do bloco no que se refere ao conceito de carne fresca e suas preparações. A UE alterou definições da carne fresca e proibiu o uso de carne salgada de frango nas preparações. O presidente da Ubabef, Francisco Turra, diz que isso significa uma barreira de 200 mil toneladas de carne de frango brasileira por ano na Europa, o que equivale a US$ 450 milhões. Outra iniciativa que limitará o acesso do frango brasileiro na UE, de acordo com Turra, é a elevação da tarifa de importação para oito linhas de carne de frango. No último dia 14, quando participou de encontro Brasil-UE, em Brasília, Turra já havia adiantado à Agência Estado a intenção de recorrer à OMC caso os europeus não alterassem a lei. O setor já ganhou um painel contra o bloco econômico em 2006.A principal discórdia entre Brasil e UE, no caso dos frangos, diz respeito a medidas de proteção a seu mercado adotadas pelo bloco. No lugar de ter cotas específicas para a compra de frango brasileiro e taxas extras para o que exceder essa fatia, a proposta brasileira é de que se adote uma tarifa média, levando em consideração a tarifa mais baixa cobrada na cota e a mais elevada na extra-cota.O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo, com envio do produto para 153 mercados. A UE representa 13,6% das exportações brasileiras, adquirindo quase sempre itens congelados. Com isso, o Brasil se tornou o maior fornecedor de aves para Europa, respondendo por 75% das exportações, o que corresponde a 4% do consumo europeu.

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